Um dos maiores fundos de hedge da Europa, Capula Management, com sede em Londres e responsável pela administração de aproximadamente $30 bilhões em ativos, aumentou significativamente sua exposição ao Bitcoin, de acordo com um documento regulatório apresentado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). O fundo adquiriu 4.022.346 ações do Fidelity’s Wise Origin Bitcoin Trust e 7.419.108 ações do iShares Bitcoin Trust (IBIT) ETF da BlackRock.
Essas aquisições totalizam um investimento avaliado atualmente em $422 milhões. A SEC aprovou 11 ETFs de Bitcoin à vista em janeiro, e esses fundos, que oferecem uma forma segura e regulamentada para investidores se exporem ao volátil mercado de criptomoedas, têm sido altamente bem-sucedidos. Observadores da indústria notaram que esses fundos facilitariam o acesso das instituições ao Bitcoin, o que se confirmou com o aumento significativo de investimentos, agora somando dezenas de bilhões de dólares em BTC.
Em maio, o gigante bancário americano Wells Fargo revelou ter investido em vários ETFs de Bitcoin. O State of Wisconsin Investment Board também informou que adquiriu ações dos ETFs de Bitcoin da BlackRock e Grayscale naquele mês.
No entanto, o mercado de criptomoedas enfrenta uma queda acentuada, com o Bitcoin registrando uma desvalorização de 9% nas últimas 24 horas, sendo negociado a $53.565. Outras criptomoedas importantes também sofreram quedas significativas, configurando um dos piores períodos de venda no mercado de cripto deste ano.
A recente aprovação dos ETFs de Bitcoin pela SEC é vista como um marco importante para a legitimação e aceitação institucional das criptomoedas. Estes ETFs permitem que investidores institucionais e individuais invistam em Bitcoin sem a necessidade de possuir diretamente a criptomoeda, oferecendo uma alternativa mais segura e regulamentada. A popularidade crescente destes fundos reflete a demanda robusta por exposição ao Bitcoin, mesmo com a volatilidade inerente do mercado cripto.
A Capula Management, fundada em 2005, é conhecida por suas estratégias de investimento focadas em macroeconomia e mercados de taxas de juros. A decisão de alocar uma quantia significativa em Bitcoin através de ETFs sinaliza um movimento estratégico para diversificar seu portfólio e explorar as oportunidades no crescente mercado de criptomoedas. Essa estratégia pode indicar uma tendência mais ampla entre grandes fundos de hedge de buscar exposição ao Bitcoin, não apenas como um ativo de risco, mas também como uma possível proteção contra a inflação e incertezas econômicas globais.