Durante uma sessão recente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Glaidson Tadeu Rosa, que fundou a MSK Operações e Investimentos, compareceu e expressou sua vontade de compensar os investidores prejudicados. Ele justificou que a razão pela qual os reembolsos não foram feitos até agora é devido ao congelamento dos ativos da empresa.
A MSK, que atuava com investimentos de alto risco, como moedas digitais, enfrenta acusações do Ministério Público Federal relacionadas a uma série de delitos financeiros, incluindo formação de esquemas fraudulentos. Glaidson reiterou que os investidores estavam cientes dos perigos ao se associar às moedas digitais.
A situação complicada para a MSK teve origem quando um colaborador teria se apropriado de ativos, levando a empresa a um estado de instabilidade financeira. O próprio Glaidson defendeu que, antes desse incidente, a maioria dos clientes já havia aceito um acordo proposto.
Na CPI, os líderes da MSK, como Glaidson, sustentaram que o déficit de R$ 400 milhões deveu-se à ação de um funcionário, Saulo Roque, que teria se apropriado das moedas digitais. Contudo, esta versão é contestada pela 2ª Delegacia de Polícia de São Paulo, que indiciou Glaidson e outros associados da empresa por diversos crimes financeiros. De acordo com as autoridades, Saulo foi mencionado nas investigações, mas não como o principal responsável pela falta dos fundos.
Na sessão da CPI, a maioria dos deputados tratou Glaidson com consideração. No entanto, houve exceções, como o deputado Alfredo Gaspar, que manifestou desconfiança em relação às declarações de Glaidson.
O co-fundador da MSK, Carlos Eduardo de Lucas, ao prestar depoimento, apoiou a versão de Glaidson sobre o desaparecimento das moedas digitais. Mas, tanto especialistas quanto a Polícia Civil desconsideram essa narrativa, citando a falta de provas concretas.