Economistas do Goldman Sachs seguem firmes em sua previsão de dois cortes na taxa de juros dos Estados Unidos ainda este ano. A expectativa vem após a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), classificada como “sem grandes novidades, mas com uma postura dovish (moderada)”.
Apesar do FOMC ter reconhecido em seu comunicado a “ausência de progressos significativos” no combate à inflação até o momento, a coletiva de imprensa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, trouxe otimismo para o mercado, segundo analistas liderados por Jan Hatzius.
“Mantemos nossa previsão e esperamos cortes de juros em julho e novembro”, afirmaram.
O principal destaque do discurso de Powell, de acordo com os economistas, foi a forte resistência contra a ideia de aumento dos juros. O chefe do Fed declarou que um ajuste para cima “parece improvável” e expressou confiança nas atuais configurações de política monetária, que considera suficientemente restritivas.
Ainda segundo Powell, a instituição buscará evidências sólidas de que a política monetária não esteja restritiva o suficiente antes de considerar um aumento na taxa. No momento, tais evidências parecem escassas.
“Powell não deu pistas claras sobre o momento exato dos cortes, mas manteve um tom dovish em relação à inflação”, concluíram os economistas.