BOLHA CRYPTO GROUP

NOTÍCIAS SOBRE O CRIPTOMERCADO

Você caiu? Golpes com Deepfake explodem e derrubam US$ 4,6 bilhões em criptomoedas

Golpes com Deepfake explodem e derrubam US$ 4,6 bilhões em criptomoedas

O cenário das fraudes no mercado de criptomoedas passou por uma transformação alarmante em 2024, impulsionado pelo avanço das deepfakes geradas por inteligência artificial. De acordo com o relatório Anti-Scam 2025, elaborado pela corretora Bitget em parceria com Slowmist e Elliptic, esse tipo de golpe foi responsável por 40% dos casos de fraudes classificadas como “de alto valor” no ano passado.

Os prejuízos totais no universo cripto chegaram a US$ 4,6 bilhões em 2024, representando um aumento de 24% em relação ao ano anterior. A Bitget aponta que as fraudes evoluíram e passaram a se apoiar não apenas em brechas tecnológicas, mas também na manipulação da confiança e na exploração da psicologia das vítimas.

Uma das armadilhas mais recorrentes envolve o uso de vídeos falsificados de figuras públicas. O relatório cita, por exemplo, montagens em que o CEO da Tesla, Elon Musk, aparece promovendo falsos investimentos ou sorteios fraudulentos. Além dele, deepfakes de autoridades governamentais, celebridades e bilionários são usados para criar identidades falsas, burlar processos de verificação (como KYC) e aplicar golpes por meio de reuniões falsas no Zoom.

Esses golpes por videoconferência funcionam de forma elaborada. Os criminosos se passam por executivos, jornalistas — incluindo repórteres da Decrypt — ou especialistas de renome, convidando a vítima para uma suposta entrevista de emprego ou participação em uma reportagem fictícia. Durante a chamada falsa, os atacantes conseguem tomar o controle do computador da vítima, roubar dados sensíveis e até acessar chaves privadas de carteiras de criptomoedas.

O uso de inteligência artificial permite que áudio e vídeo sejam manipulados de forma tão convincente que muitos não percebem se tratar de uma fraude. Embora golpes desse tipo não sejam exatamente uma novidade — o famoso golpe envolvendo deepfakes de Elon Musk viralizou já em 2022 —, a qualidade das falsificações aumentou drasticamente com o avanço das ferramentas de IA.

O crescimento desse problema chegou a gerar repercussões legais. No mês passado, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sancionou o Take It Down Act, uma legislação bipartidária focada em proteger vítimas de pornografia criada por IA. No entanto, vale destacar que o uso de deepfakes de maneira geral ainda não é totalmente proibido por lei.

Casos recentes envolvendo celebridades também escancaram a gravidade da situação. Em maio, a atriz Jamie Lee Curtis denunciou publicamente o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, após encontrar um anúncio publicitário falso, criado por IA, usando sua imagem sem autorização para divulgar um produto.

Para a CEO da Bitget, Gracy Chen, o maior risco atual para o mercado de criptomoedas não é mais a volatilidade, mas sim o engano. “A inteligência artificial tornou os golpes mais rápidos, mais baratos e muito mais difíceis de serem detectados”, declarou.

Além das deepfakes, o relatório também identificou outros dois métodos de fraude particularmente perigosos: os esquemas de engenharia social e as versões modernas dos esquemas Ponzi. A engenharia social, embora de baixa tecnologia, se mostra extremamente eficaz por explorar aspectos emocionais e psicológicos das vítimas. Um dos exemplos mais conhecidos é o golpe do “pig butcher” (açougueiro de porcos), também chamado de golpe romântico, no qual o golpista constrói um relacionamento afetivo com a vítima para, no fim, aplicar o golpe.

Os tradicionais esquemas Ponzi também passaram por uma transformação digital. Embora mantenham a lógica clássica de usar dinheiro de novos participantes para pagar os antigos, eles agora se disfarçam em projetos ligados a tendências como DeFi, NFTs, GameFi e promessas de rendimentos via mineração de liquidez ou staking de tokens. Segundo o relatório, esses golpes se apresentam como oportunidades legítimas, mas assim que o fluxo de dinheiro se interrompe — seja porque os operadores “dão o golpe final” e somem, seja porque faltam novos investidores — todo o sistema colapsa rapidamente.

O relatório alerta ainda para uma tendência crescente de golpes que adotam interfaces que imitam jogos, tornando-se mais atrativos para o público. Para aumentar a credibilidade, os criminosos recorrem também a deepfakes, simulando endossos de celebridades.

A conclusão do documento não poderia ser mais direta: se há cinco anos a principal recomendação de segurança era “não clique em links suspeitos”, hoje ela evoluiu para “não confie nem no que você vê”.

Bolha Crypto Store

Uma loja de moda cripto no ritmo dos seus investimentos digitais. Se você investe em criptomoedas, coleciona NFTs, tá ligado na Web3 ou é um Ancap, vista Bolha Crypto Store.

 

Isenção de responsabilidade

As informações apresentadas neste artigo são apenas para fins informativos e educacionais. Nada aqui contido deve ser interpretado como aconselhamento financeiro ou sugestão de investimento. O Bolha Crypto não se responsabiliza por quaisquer perdas geradas pela utilização do conteúdo, produtos ou serviços mencionados neste artigo.

Siga nossos grupos no TELEGRAM e WHATSAPP.

Leia Mais:

Mais lidas