Recentemente, o governo dos Estados Unidos movimentou 29.799 Bitcoins (BTC), equivalendo a aproximadamente US$ 2,02 bilhões, provenientes de apreensões no mercado ilícito da Silk Road.
De acordo com a Arkham Intelligence, uma plataforma especializada em desanonimização de blockchain, o governo transferiu 10.000 BTC, avaliados em US$ 669,35 milhões, para um endereço, enquanto 19.800 BTC, no valor de US$ 1,33 bilhão, foram enviados para outro. A Arkham sugere que essa movimentação possa ser um depósito destinado a uma custódia ou serviço institucional.
Essa movimentação ocorre em um contexto em que vários candidatos presidenciais estão apresentando suas propostas em relação às participações do governo em Bitcoin. O ex-presidente Donald Trump, em declarações feitas no fim de semana, afirmou que pretende proibir a venda do Bitcoin apreendido pelo governo no mercado aberto, optando por mantê-lo como um investimento estratégico.
Por outro lado, o candidato independente Robert F. Kennedy revelou que, se eleito, assinaria uma ordem executiva no seu primeiro dia no cargo, instruindo o Departamento de Justiça (DOJ) e o Serviço de Delegados a transferir todos os Bitcoins sob custódia do governo para o Departamento do Tesouro.
Kennedy também se comprometeu a assinar uma nova ordem executiva para que o Tesouro dos EUA comprasse 550 Bitcoins diariamente, com o objetivo de construir uma reserva de pelo menos 4 milhões de BTC.
A movimentação de Bitcoin pelo governo gerou críticas entre líderes do setor de criptomoedas. Mike Novogratz, CEO da Galaxy Digital, chamou a ação de “surda”, enquanto Tyler Winklevoss, cofundador da Gemini, apontou o dedo para a administração do presidente Joe Biden. Ele destacou que, enquanto Trump prometeu nunca vender o Bitcoin do governo dos EUA, apenas dois dias depois, a administração Biden-Harris decidiu movimentar US$ 2 bilhões em BTC da Silk Road, criando uma imagem negativa para a indústria.