A Bithumb, uma das maiores corretoras de criptomoedas da Coreia do Sul, está considerando fazer seu IPO nos Estados Unidos, especificamente na Nasdaq, em vez de seguir com seus planos originais de listagem na Kosdaq, a bolsa tecnológica sul-coreana. A informação foi revelada pelo portal econômico Daehan Economic e surge em meio a desafios regulatórios que têm dificultado a atuação da empresa no mercado doméstico.
A postura regulatória restritiva do governo sul-coreano em relação às criptomoedas parece estar forçando a Bithumb a repensar seus planos. As rígidas políticas locais limitam a classificação dos produtos cripto como ativos financeiros legítimos, o que afeta negativamente as operações de corretoras como a Bithumb. Este cenário de incertezas tem levado a empresa a buscar alternativas fora do país, onde as condições para o mercado de criptomoedas podem ser mais favoráveis.
Inicialmente, a Bithumb tinha a intenção de realizar sua oferta pública inicial (IPO) em 2025 na Kosdaq, com a Samsung Securities responsável por conduzir o processo. No entanto, o ambiente regulatório interno cada vez mais hostil fez com que a empresa considerasse a possibilidade de listar suas ações nos Estados Unidos, onde a Nasdaq se apresenta como uma opção mais atraente. Apesar de os EUA também estarem desenvolvendo regulamentações para o setor de ativos digitais, o país oferece maior flexibilidade e um mercado significativamente maior para as empresas cripto que desejam crescer.
Atualmente, a Bithumb ocupa o segundo lugar entre as corretoras de criptomoedas na Coreia do Sul, com um volume de negociação de aproximadamente US$ 574 milhões nas últimas 24 horas. A Upbit, sua principal concorrente, lidera o mercado sul-coreano, com US$ 1,95 bilhão em negociações no mesmo período. Mesmo sendo uma das principais corretoras locais, a Bithumb enfrenta pressões para expandir sua atuação e diversificar suas opções fora da Coreia, dado o cenário regulatório desfavorável.
Caso a Bithumb decida prosseguir com a listagem na Nasdaq, isso pode ser um marco para o setor de criptomoedas na Ásia, incentivando outras corretoras da região a considerar estratégias similares de expansão global. A busca por um mercado mais receptivo fora da Coreia do Sul pode criar uma nova tendência entre as empresas asiáticas que lidam com ativos digitais, à medida que enfrentam regulações locais que restringem suas operações e crescimento.
Diante de um cenário de regulamentação em constante mudança, tanto na Coreia quanto nos Estados Unidos, a decisão da Bithumb pode ser vista como um reflexo das dificuldades enfrentadas pelas empresas de cripto no mercado asiático. A possível listagem na Nasdaq representa uma tentativa de contornar as barreiras regulatórias e aproveitar o potencial de crescimento oferecido pelo mercado norte-americano.
