Em um novo e audacioso golpe de phishing, um investidor cripto de grande porte sofreu uma perda significativa de US$ 55,47 milhões em DAI. O ataque, considerado extremamente sofisticado, foi descoberto pela Lookonchain e pela Certik, empresas especializadas em análises de blockchain e segurança cibernética. Segundo informações, o golpe envolveu a transferência ilegal de um cofre Maker, recheado de DAI, para o controle de uma entidade maliciosa.
O que desencadeou o roubo foi uma transação assinada pela vítima, que à primeira vista parecia inofensiva. Contudo, essa transação foi o ponto inicial para que os hackers tomassem posse dos ativos. O momento crítico ocorreu em 20 de agosto de 2024, às 17h40 UTC, quando a propriedade do DSProxy #166,776 foi transferida para um endereço de phishing conhecido por sua atividade maliciosa: “0x0000db5c8B030ae20308ac975898E09741e70000”.
Com o controle total do cofre, o atacante rapidamente utilizou outro endereço para cunhar e retirar 55.473.618 DAI. Logo em seguida, converteu cerca de metade desse valor em 10.625 ETH, conforme evidenciado por registros no Etherscan.
A técnica usada pelos criminosos, classificada pela CertiK como parte da categoria “Inferno Drainer”, é um dos métodos mais perigosos de exploração de contratos inteligentes. Esses ataques exploram permissões de transações, redirecionando ativos para endereços controlados pelos hackers. Muitas vezes, esses contratos maliciosos são projetados para parecerem legítimos ou imitar interações comuns, o que induz a vítima a aprovar transações que acabam concedendo controle aos criminosos.
De acordo com a CertiK, o sucesso desse golpe está na capacidade do atacante de obter acesso à conta externa da vítima por meio de métodos enganosos, como links fraudulentos disfarçados ou interfaces comprometidas.
Após o ocorrido, a Lookonchain emitiu alertas para a comunidade cripto sobre a importância de verificar cada detalhe antes de confirmar transações. A empresa reforçou a mensagem em suas redes sociais: “Sempre confira antes de clicar em ‘confirmar’ e jamais assine transações desconhecidas!”