Greenpeace: Bitcoin está alimentando a crise climática

O sistema de modelo de consenso do Bitcoin (BTC) é criticado por ambientalistas há muito tempo. Só para exemplificar, recentemente, o Greenpeace dos Estados Unidos, decidiu atacar a criptomoeda primária apontando que o BTC possui  um sistema de código desatualizado.

Ao dar uma olhada no tweet feito pelo ​​grupo de defesa do meio ambiente, veremos que o post foi justificado pela chegada do The Merge na rede Ethereum (ETH). Essa foi uma das atualizações mais aguardadas do meio blockchain, com a altcoin mudando seu modelo de consenso para proof of stake (PoS). 

Sem dúvidas, o ETH agora é mais “amigo do meio ambiente”. Afinal, a altcoin reduziu seu gasto energético em 99,95%. 

“URGENTE: O que é o #EthereumMerge e por que os ativistas climáticos devem se preocupar com isso? @Bitcoin ainda usa mais eletricidade do que PAÍSES INTEIROS, mas @Ethereum acabou de provar que a criptomoeda não precisa vir ao custo de um planeta habitável”. 

De acordo com a organização, o Bitcoin, que ainda funciona através do proof of work (PoW), está contribuindo para a crise climática. Sendo assim, o Greenpeace sugeriu que o modelo de consenso da criptomoeda primária fosse trocado por um mecanismo menos intensivo em energia, como é o caso do PoS. 

Contra a mineração de Bitcoin

De fato, o consumo de energia do BTC é algo bem flutuante e pode variar dependendo das condições do mercado. No entanto, ao longo dos anos, ela passou por um forte aumento. Isso porque a indústria está cada vez mais interessada nas atividades que norteiam a criptomoeda mais antiga.  

Em resumo, o Proof of Work consome tanta energia porque para que as transações de BTC sejam realizadas e mais unidades do criptoativo entrem em circulação, é necessário que os mineradores façam cálculos matemáticos. Quanto mais mineradores na rede, maior é a dificuldade desse cálculo. 

Com o cálculo cada vez mais difícil e precisando da potência de mais computadores, uma verdadeira prova de trabalho precisa ser feita, o que causa um maior gasto energético. Ou seja, não é o bitcoin quem consome muita energia, mas o seu processo de manutenção de rede segura.  

Segundo os dados da Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index, o consumo de energia do Bitcoin, no momento da escrita do artigo, é de aproximadamente 159,63 TW/h. Se formos comparar com um país como a Noruega, veremos uma diferença que chama a atenção, pois o consumo é de 124 TW/h, apontou a Forbes. 

Além disso, o Greenpeace apontou que todo o processo de mineração de BTC trás incentivo para que os mineradores tragam usinas de carvão e gás de volta à vida. A organização enxerga esse fator como um  “alimentando a crise climática”.

No entanto, essa não é primeira vez que vemos o Greenpeace criticar o BTC. Em março deste ano (2022), por exemplo, o grupo teve uma campanha financiada por Chris Larsen, cofundador da Ripple, em US$5 milhões. 

Essa campanha foi realizada com o intuito de fomentar as redes para que o Bitcoin mudasse seu modelo de consenso.

Proof of Work é mesmo um vilão?

Bitcoiners não estão se importando muito com esse tweet. Aliás, já vimos até alguns se manifestarem contra o PoS. Jack Dorsey é um exemplo disso. O ex-CEO do Twitter fez uma postagem declarando os motivos para engrandecer o PoW frente ao modelo de consenso mais jovem. 

O bilionário e conhecido como o principal rosto da MicroStrategy, Michael Saylor, também fez uma defesa em relação às afirmações contra a mineração de Bitcoin. 

“As emissões de carbono do Bitcoin dificilmente seriam notadas se não fossem as atividades competitivas de marketing de guerrilha de outros promotores e lobistas de criptomoedas que buscam focar atenção negativa na mineração de Proof of Work”, disse ele em uma carta na quarta-feira.

Mas as emissões globais iriam cair caso o Bitcoin mudasse seu modelo de consenso?

Estima-se que a criptomoeda seja responsável por cerca de 0,08% das emissões globais no momento, o que presumivelmente seria o limite de sua redução de emissões. 

The Merge também mostrou que nem todos decidiram seguir o caminho do proof of stake. Alguns mineradores preferiram manter suas máquinas ligadas para minerar através do Ethereum Classic (ETC). 

Ademais, uma pesquisa lançada pela CoinShares Research mostra que 74,1% da energia utilizada por mineradores de bitcoin do mundo todo vêm de fontes renováveis, como usinas hidrelétricas, solares e eólicas.

LEIA TAMBÉM: The Merge foi mesmo um sucesso?

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