O Bitcoin (BTC) volta a ser alvo de críticas do Greenpeace devido ao seu impacto ambiental.
De acordo com o relatório da organização, as instituições financeiras tradicionais estão profundamente ligadas ao impacto ambiental da mineração de Bitcoin.
Embora o BTC opere em uma rede descentralizada, as enormes instalações de mineração necessárias para garantir a segurança da criptomoeda são financiadas e apoiadas por gigantes de Wall Street.
O Greenpeace identifica as instituições financeiras BlackRock e Vanguard como os principais financiadores de empresas de mineração de Bitcoin em 2022. Segundo o cálculo do relatório, essas instituições são indiretamente responsáveis por mais de 1,7 milhão de toneladas métricas de emissões de CO2 – equivalente ao consumo anual de eletricidade de centenas de milhares de casas.
A principal preocupação ambiental está no modelo de consenso do Bitcoin, o proof of work (PoW). Este sistema depende de uma rede de computadores que resolvem quebra-cabeças matemáticos complexos para validar transações e proteger a rede da criptomoeda. Quanto mais poder computacional é dedicado, mais seguro o BTC se torna, mas isso também se traduz em uma demanda maior por eletricidade.
O Greenpeace argumenta que esse modelo de consenso é insustentável diante das mudanças climáticas. Assim, a organização propõe uma mudança para mecanismos alternativos, como o proof of stake (PoS), que consomem menos energia.
No entanto, especialistas da indústria alertam contra uma mudança precipitada. Afinal, o PoW se provou seguro para o Bitcoin ao longo dos anos. Mudar para um sistema diferente poderia introduzir vulnerabilidades que ainda não foram consideradas.
Embora o debate sobre o impacto ambiental da criptomoeda primária esteja longe de ser resolvido, algumas empresas de mineração estão se voltando para fontes de energia renováveis, como energia solar e geotérmica. Além disso, pesquisas estão em andamento para otimizar o próprio sistema PoW e reduzir sua pegada energética.