Com a Rússia enfrentando sanções econômicas internacionais após a invasão da Ucrânia pelo país, as criptomoedas surgiram como um caminho ideal para realizar transações e apoiar cursos como captação de recursos.
Segundo informações da CNBC, divulgadas nesta segunda-feira (3), uma pesquisa da empresa de blockchain, TRM Labs, revelou que grupos pró-russos estão levantando fundos em criptomoeda para apoiar operações paramilitares e evitar sanções dos EUA.
De acordo com o CEO da empresa, Chris Janczewski, até 22 de setembro, os grupos haviam arrecadado pelo menos US$ 400.000.
Para chegar ao valor levantado, a TRM Labs revisou uma combinação de endereços de carteira publicamente disponíveis ao lado de sites de verificação cruzada para identificar quaisquer grupos vinculados à Rússia. No entanto, não foi estabelecido se os grupos estão trabalhando com o governo russo.
Telegram para arrecadar criptomoedas
De acordo com a TRM Labs, os grupos estão aproveitando o aplicativo de mensagens Telegram para arrecadar fundos compartilhando maneiras pelas quais os financiadores podem apoiar grupos de milícias afiliados à Rússia e treinamento de combate em locais próximos à fronteira ucraniana.
Curiosamente, um grupo envolvido foi identificado como Força-Tarefa Rusich, que o Departamento do Tesouro dos EUA descreveu como um “grupo paramilitar neonazista”.
“Acho que uma parte interessante dessa história é que a criptomoeda é apenas uma forma de pagamento nesses casos. É uma forma de movimentar fundos. E há um exemplo de uso para o bem e um exemplo de uso para o mal neste contexto”, disse Ari Redbord, chefe de assuntos jurídicos e governamentais da TRM Labs.
Por fim, vale a pena lembrar que a Rússia está enfrentando inúmeras sanções após a invasão da Ucrânia. As sanções destinam-se a cortar a Rússia do sistema financeiro global.
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