Um homem indiano de 31 anos, Chirag Tomar, foi condenado por um tribunal federal dos Estados Unidos a cumprir cinco anos de prisão devido a sua participação em um esquema que envolvia a criação de sites fraudulentos da exchange de criptomoedas Coinbase. O golpe, que enganou centenas de usuários em diversos países, resultou no roubo de mais de 20 milhões de dólares.
O esquema operava de maneira engenhosa: Tomar, junto com seus cúmplices, desenvolvia réplicas dos sites da Coinbase, como o Coinbase Pro, que eram quase idênticos aos originais. Essas versões falsificadas eram enviadas para as vítimas através de e-mails fraudulentos. Ao acessar esses sites, os usuários, sem saber, entregavam suas credenciais de login, que eram então usadas pelos criminosos para acessar suas carteiras de criptomoedas.
Além do roubo direto das credenciais, Tomar e seus comparsas também aplicavam golpes mais elaborados. Em alguns casos, eles se passavam por funcionários do serviço de atendimento ao cliente da Coinbase para enganar os usuários e conseguir os códigos de autenticação de dois fatores, o que permitia o acesso completo às carteiras digitais das vítimas.
De acordo com as investigações conduzidas pelo Serviço Secreto dos EUA e pelo FBI, Tomar iniciou essas atividades ilícitas por volta de 2021. Os ganhos acumulados por ele foram utilizados na compra de itens de luxo, incluindo relógios raros da marca Audemars Piguet e carros esportivos como Lamborghinis e Porsches.
Um exemplo comum da operação fraudulenta envolvia a criação de URLs muito parecidas com as do site original, como “coinbasepro.com”, em vez de “pro.coinbase.com”, o que enganava facilmente as vítimas. Ao cair nesses sites falsos, os usuários forneciam informações confidenciais, que eram utilizadas pelos hackers para esvaziar suas contas.
Após anos operando o esquema, Tomar foi preso pelas autoridades americanas em dezembro de 2023, quando chegou a Atlanta. Além da sentença de cinco anos de prisão, ele também deverá cumprir dois anos de liberdade supervisionada após sua liberação.
O Departamento de Justiça dos EUA destacou o impacto global do esquema, com várias vítimas nos Estados Unidos, e reforçou a importância da cooperação internacional para desmantelar essas operações de cibercrime.