Jim Albrecht, ex-diretor sênior do Google News, afirma que modelos de linguagem avançados como o ChatGPT podem reformular completamente o setor de notícias.
Segundo ele, essas ferramentas, capazes de gerar e reescrever notícias baseadas em dados online, possuem o mesmo poder disruptivo que a web teve há duas décadas, quando substituiu jornais e TV como fontes primárias de informação.
Albrecht acredita que o ChatGPT pode sintetizar informações de diversas fontes online e formatá-las como matérias jornalísticas seguindo instruções específicas. O lançamento do ChatGPT 4, versão mais avançada do modelo, corrobora esse potencial.
Porém, é preciso destacar que a acessibilidade à informação facilitada pela IA não garante sua veracidade. Treinados em dados da internet, esses modelos herdam seus problemas de confiabilidade, podendo gerar artigos imprecisos ou tendenciosos.
Por isso, pedidos por regulamentação e controle da inteligência artificial já foram feitos. Além disso, roteiristas e atores de Hollywood protestaram contra seu uso no cinema, e Elon Musk, ao lado de outros nomes da tecnologia, assinou um documento exigindo uma pausa temporária no desenvolvimento de chatbots avançados.
Apesar das preocupações, novas versões de modelos de IA como o ChatGPT continuam chegando ao mercado.
Curiosamente, o próprio Musk, crítico vocal do chatbot mais popular, lançou a empresa xAI dedicada ao desenvolvimento do mesmo tipo de tecnologia. Embora haja pedidos de restrições, nenhuma ação concreta foi tomada para limitar ou regular os sistemas de IA.