Sem dúvidas, o metaverso é um dos assuntos mais quentes da atualidade.
De acordo com os dados da Gartner, até 2026, uma em cada quatro pessoas passará pelo menos uma hora por dia no metaverso. Isso seja para trabalhar, estudar, fazer compras e socializar.
Embora os tokens blockchain relacionados ao termo tenham passado por quedas, o assunto ainda está presente em muitas empresas e instituições.
Um grande exemplo disso é a Interpol.
A Organização Internacional de Polícia Criminal informou que oferecerá treinamento em seu próprio mundo online para policiar o metaverso.
Nesse sentido, a realidade virtual da facilitadora da cooperação policial mundial permitirá que usuários registrados visitem uma cópia virtual da sede da Secretaria-Geral da Interpol em Lyon, na França.
Como resultado, os utilizadores poderão interagir com outros policiais através de seus avatares.
Além disso, serão liberados cursos de treinamento imersivos em investigação forense e outros recursos de policiamento.
O grande diferencial da Interpol no metaverso
De fato, uma das maiores preocupações dos aspirantes à nova tecnologia é a forma como a lei será cumprida na realidade virtual. Crimes serão punidos?
Justamente nesse raciocínio está a missão da Interpol.
A chegada da organização no metaverso veio com o intuito de trazer policiamento para o espaço on-line durante o desenvolvimento da tecnologia.
“O metaverso tem o potencial de transformar todos os aspectos de nossas vidas diárias com enormes implicações para a aplicação da lei. Mas para que a polícia entenda o Metaverso, precisamos experimentá-lo”, disse Madan Oberoi, diretor executivo de tecnologia e inovação da Interpol.
Segundo a Interpol, há uma lista de crimes que podem ser realizados no metaverso. Entre eles estão:
- Crimes contra a criança;
- Lavagem de dinheiro;
- Fraude financeira;
- Falsificação;
- Ransomware;
- Phishing;
- Agressão sexual e
- Assédio.
Oberoi comentou que isso pode ser um perigo, pois nem todos os atos criminalizados no mundo físico são considerados crimes no mundo virtual.
Jürgen Stock, secretário-geral da Interpol, observou que para muitos, o metaverso pode ser um futuro abstrato. Contudo, as questões que a realidade virtual levanta são aquelas que sempre motivaram a Interpol.
“Podemos estar entrando em um novo mundo, mas nosso compromisso permanece o mesmo”.