Mais uma notícia negativa envolvendo a Coinbase está circulando no mercado de criptomoedas. Dessa vez, Nikhil Wahi, irmão do ex-gerente de produtos da exchange cripto, foi condenado a 10 meses de prisão.
Wahi foi sentenciado após confessar que utilizou sua conexão familiar para conseguir uma negociação privilegiada de criptomoedas.
Em suma, o condenado será obrigado a devolver o valor de US$892.000 que gerou em lucros com essas negociações.
Entenda o caso
Em julho de 2022, o ex-gerente da Coinbase, ao lado de seu irmão e um amigo, foram acusados pela SEC de conspiração e fraude eletrônica.
Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o FBI, o trio tinha um esquema que utilizava informações confidenciais da plataforma de negociação de criptomoedas.
Wahi recebia os dados de quais criptos seriam listadas na Coinbase e conseguia comprá-las antes que chegassem à plataforma de criptomoedas.
Como resultado do conhecimento privilegiado, ele conseguiu ganhar uma grande vantagem, tendo em vista que as listagens que ocorrem na principal exchange cripto dos Estados Unidos são uma das que mais trazem pump para tokens.
O investidor conseguiu fazer isso por pelo menos 14 vezes, o que lhe gerou um valor de cerca de US$900.000, segundo os promotores do caso.
A participação do amigo dos irmãos, Sameer Ramani, foi fundamental para que o valor total do retorno dos investimentos obscuros fosse de US$1.5 milhão. Embora também faça parte da lista dos acusados, Ramani ainda não foi preso porque está foragido.
“Eu cometi um grande erro, um erro terrível. É algo com o qual terei que conviver para sempre”, disse Nikhil à juíza distrital dos EUA, Loretta Preska.
De acordo com o procurador dos Estados Unidos Damian Williams, essa é a primeira vez que um réu admitiu a culpa em um caso de insider trading envolvendo os mercados de criptomoedas.
Em contraste, Ishan Wahi, que foi preso em junho de 2022, se declarou inocente em agosto do ano passado.
É válido destacar que a sentença de 10 meses de Nikhil está longe do máximo de 20 anos que os perpetradores de fraude eletrônica podem enfrentar.
