Thodex, uma vez uma proeminente plataforma de criptomoedas da Turquia, viu seu fundador, Faruk Fatih Özer, e dois de seus familiares, Serap e Güven Özer, serem sentenciados a mais de 11 mil anos de prisão. Eles também foram penalizados com 135 milhões de liras, equivalentes a US$ 5 milhões.
Em 2021, Thodex encerrou abruptamente suas operações, bloqueando acesso a um montante estimado em US$ 2 bilhões de seus 400.000 usuários. Faruk Özer, o cérebro por trás da operação, se escondeu na Albânia. Porém, em 2022, graças a um alerta da Interpol, ele foi capturado.
No retorno a sua pátria em 2023, Faruk enfrentou múltiplas acusações. Estas incluíam estabelecer uma organização para fins criminosos, manipulação fraudulenta de sistemas financeiros e conversão ilegal de fundos. O escândalo não envolveu apenas ele: familiares e altos funcionários da Thodex foram presos, e uma investigação massiva foi lançada, envolvendo até 83 detenções. No julgamento central, as acusações se estenderam a 21 indivíduos, com possíveis sentenças totalizando mais de 40 mil anos.
O 9º Tribunal Penal da Anatólia deu seu julgamento, exonerando uma grande parte dos acusados e soltando vários deles por falta de evidências concretas. As penas dos condenados variaram consideravelmente.
O episódio com Thodex causou agitação na Turquia, um país onde moedas digitais são vistas por muitos como um mecanismo de defesa contra problemas econômicos, como a inflação galopante e a queda da lira.