A Justiça decidiu levar o “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos, a júri popular.
De acordo com a justiça, Glaidson é um dos responsáveis pelo assassinato de Wesley Pessano, de 19 anos. O jovem trader foi morto a tiros quando dirigia seu Porsche na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, em agosto de 2021.
Além disso, Glaidson também teria pedido que Thiago de Paula Reis contratasse executores para dois crimes. Os alvos seriam o próprio Wesley Pessano e o investidor Nilson Alves, o Nilsinho.
Segundo o Ministério Público, durante a investigação foram encontradas trocas de mensagens entre o Faraó dos Bitcoins e um de seus gerentes, Daniel Aleixo, o Danny Boy.
“Tem um trade, aqui de Cabo frio, sr. Pessano, que está tentando meus investidores. Não posso deixar isso acontecer” teria dito Glaidson na mensagem à Daniel.
Faraó dos Bitcoins
Glaidson foi preso e se tornou réu na Justiça por comandar um esquema ilegal de investimentos em criptomoedas.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, o esquema movimentou cerca de R$ 38 bilhões.
Além dos crimes contra o sistema financeiro nacional e de organização criminosa, o Faraó dos Bitcoins, segundo o Ministério Público, estaria envolvido com alguns assassinatos na Região dos Lagos.
Glaidson está preso desde 25 de agosto de 2021, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
Na época, a força-tarefa que investigou o esquema encontrou Glaidson em uma mansão em um condomínio de luxo às margens da Lagoa de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
O que é um Júri Popular
O “júri popular” é convocado pela justiça em casos de crimes dolosos contra a vida, ou seja, os crimes em que há intenção de matar a vítima.
O Tribunal do Júri é composto por um juiz presidente e 25 jurados, dos quais sete são sorteados para compor o “Conselho de Sentença”.
Após composto, este conselho é que deverá afirmar ou negar a existência da culpa do crime atribuído a alguém.
A saber, a palavra “Júri” tem origem latina, jurare, e significa “fazer juramento”, em referência ao juramento prestado pelas pessoas que formarão o tribunal popular.
