Ao que parece, não é só no Brasil que celebridades midiáticas aceitam promover sistemas de investimento suspeitos, com promessas de lucro acima das médias apresentadas pelo mercado. Kim Kardashian que o diga.
Nesse sentido, Após ter sido acusada pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA por promover o token Ethereum Max, a modelo e empresária Kim Kardashian concordou em pagar US$ 1,26 milhão para liquidar as acusações junto ao órgão.
O anúncio do acordo foi feito pela SEC na manhã desta segunda-feira (3). A princípio, o valor pago pela popular personalidade da mídia norte-americana, se refere a multas, restituição e juros por não divulgar o pagamento que recebeu pela promoção do token.
A personalidade também cooperará com a agência enquanto a investigação continua. Segundo a Comissão, Kardashian recebeu no mínimo US$ 250.000 para promover os tokens EMAX em sua página do Instagram, que tem mais de 330 milhões de seguidores.
Foi em janeiro de 2022 que uma ação foi movida na Califórnia contra Floyd Mayweather e Kim Kardashian, alegando que eles enganaram os investidores ao promover um token chamado EthereumMax (EMAX).
O presidente da SEC, Gary Gensler, comentou:
“Este caso é um lembrete de que, quando celebridades ou influenciadores endossam oportunidades de investimento, incluindo títulos de ativos criptográficos, isso não significa que esses produtos de investimento sejam adequados para todos os investidores.”
“Incentivamos os investidores a considerar os riscos e oportunidades potenciais de um investimento à luz de seus próprios objetivos financeiros”, completou Gensler.
300% ao mês???
Em abril de 2021, Luciano Szafir, famoso ator do casting da Rede Globo, fez uma propaganda do “Robô da Nasa”, da IQ Option. No vídeo viralizado nas redes sociais, o ator diz: “Você pode ter seu próprio algoritmo de negociação exclusivo, seu próprio robô, o robô da Nasa, e ter uma rentabilidade de até 300% ao mês”.
No entanto, após a repercussão negativa, Szafir publicou em suas redes sociais um pedido de desculpas. Segundo o ator global, uma amiga fez o convite para produzir o material. Normalmente há um profissional que analisa as empresas, mas dessa vez não houve essa análise.
“Não há justificativa. A atitude responsável que eu deveria ter tomado seria chegar para o pessoal e falar que eu não tinha condições de gravar o comercial, pois não tenho a compreensão do que estou falando”, disse ele no vídeo.
A saber, pouco antes da polêmica, a empresa IQ Option havia recebido um alerta de atuação irregular da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e proibiu a IQ de captar clientes residentes no Brasil.
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