O Méliuz, empresa listada na B3 sob o ticker CASH3, revelou planos para expandir suas reservas de bitcoin por meio da captação de novos recursos no mercado financeiro. A movimentação faz parte de sua recente mudança de estratégia, já aprovada pelos acionistas, que posiciona a companhia no setor de ativos digitais com foco no BTC como parte de seu tesouro corporativo.
A companhia pretende levantar pelo menos R$ 150 milhões com esse objetivo, embora o valor final possa ser superior, dependendo das condições e oportunidades do mercado. O montante será destinado à compra de mais bitcoins, o que incrementaria o atual volume de 320,2 BTC já mantido em caixa pela empresa.
O anúncio oficial foi feito em comunicado publicado na segunda-feira (19), embora o CEO do Méliuz, Israel Salmen, tenha comentado publicamente sobre o assunto no dia seguinte, por meio de seu perfil na plataforma X. A confirmação da movimentação gerou expectativa no mercado e entre os investidores da companhia.
Para coordenar a eventual operação de captação, o Méliuz contará com o suporte do BTG Pactual, que deve atuar como coordenador financeiro. No entanto, a empresa ainda está em fase de avaliação e nenhuma decisão definitiva foi tomada até o momento.
Segundo Marcio Loures Penna, Diretor de Relações com Investidores e Governança Corporativa da empresa, duas alternativas estão sendo consideradas para levantar os recursos: a emissão de títulos de dívida, que podem ou não ser conversíveis em ações, e/ou uma oferta pública primária de ações ordinárias. Esta última possibilidade pode incluir também bônus de subscrição como incentivo adicional aos investidores.
Apesar da intenção clara de reforçar sua posição em bitcoin, o Méliuz frisou que o processo ainda está em análise e não há previsão definida para a sua conclusão. A empresa garantiu que continuará comunicando seus acionistas e o mercado conforme os próximos passos forem definidos, respeitando os canais oficiais de divulgação — entre eles os sites da CVM, da B3 e da própria companhia.
A estratégia reafirma o comprometimento do Méliuz em consolidar sua atuação no universo das criptomoedas, reforçando sua posição como a primeira empresa brasileira a estruturar formalmente uma bitcoin treasury.
