O mercado de stablecoins, excluindo as versões algorítmicas, alcançou um valor total de aproximadamente US$ 168,1 bilhões, marcando um crescimento de 0,8% nos últimos sete dias, de acordo com informações da DefiLlama. Esse montante estabelece um novo recorde histórico, ultrapassando o marco anterior registrado em março de 2022.
Nos últimos dois anos, o mercado de stablecoins passou por uma trajetória volátil. Após atingir US$ 167 bilhões em março de 2022, a capitalização dessas moedas digitais enfrentou uma queda constante, atingindo seu ponto mais baixo, de cerca de US$ 122 bilhões, em outubro. Contudo, desde o início de 2024, o mercado tem experimentado uma recuperação contínua e consistente, refletindo um crescimento renovado.
Rachael Lucas, analista cripto da BTCMarkets, atribui o aumento recente na capitalização de mercado das stablecoins ao interesse crescente de investidores institucionais. Segundo ela, em períodos de incerteza econômica, esses investidores tendem a buscar refúgios mais estáveis, e as stablecoins têm cumprido esse papel.
Lucas também aponta que o aumento no uso de stablecoins está relacionado à confiança crescente no mercado de criptoativos, especialmente entre investidores institucionais que utilizam essas moedas como uma ponte entre o sistema financeiro tradicional (TradFi) e o mercado digital. Esse movimento, segundo Lucas, reflete uma transição maior em direção à integração de ativos digitais estáveis nas estratégias de investimento de longo prazo.
Um exemplo claro dessa tendência é o crescimento substancial da Tether (USDT) em 2024. A maior stablecoin do mundo viu seu valor de mercado expandir de US$ 91,68 bilhões no início do ano para US$ 117,84 bilhões atualmente, representando cerca de 70% de toda a capitalização do mercado de stablecoins. Já a USDC, stablecoin da Circle, também apresentou crescimento significativo ao longo do ano, passando de US$ 23,8 bilhões em janeiro para US$ 34,4 bilhões atualmente, mesmo com algumas flutuações durante o período.
Esses números ilustram a importância cada vez maior das stablecoins no ecossistema financeiro, tanto como reserva de valor em tempos incertos quanto como instrumentos de conexão entre o mundo das finanças tradicionais e as criptomoedas. A expansão contínua dessas moedas destaca como elas estão sendo incorporadas a estratégias institucionais e portfólios diversificados.