A mineração de Bitcoin está se tornando menos lucrativa, e muitas empresas do setor podem enfrentar sérios desafios de rentabilidade após o próximo halving da criptomoeda, evento programado para abril de 2024.
Um relatório da empresa de serviços financeiros Cantor Fitzgerald aponta que 11 grandes mineradoras terão dificuldades para manter o lucro após o halving.
Esse evento reduz pela metade a recompensa recebida pelos mineradores por cada bloco encontrado, afetando diretamente a receita do setor.
O relatório analisou o “custo por Bitcoin” das empresas após o halving, considerando um preço estável de US$40.000 para a criptomoeda. Das 13 empresas examinadas, apenas duas devem conseguir manter suas margens de lucro: a Bitdeer (BTDR), que minera cada Bitcoin pelo menor custo, de US$ 17.744, e a CleanSpark (CLSK), que se mantém próxima ao limite de US$40.000, com um custo por Bitcoin de US$36.896.
Por outro lado, a Argo Mining (ARBK) e a Hut 8 Mining (HUT) aparecem com os custos mais altos, estimados em US$62.276 e US$60.360 por Bitcoin, respectivamente.
A empresa Cantor Fitzgerald explica que sua pesquisa reflete todos os custos que um minerador de Bitcoin teria para produzir um único BTC, como custos de eletricidade e taxas de hospedagem.
Respondendo ao relatório da Cantor Fitzgerald, o presidente executivo da CleanSpark, Matthew Shultz, afirmou em um post que a chave para o baixo custo da empresa é a eficiência.
“Não importa o departamento, toda a equipe da CleanSpark está comprometida com a eficiência — EFICIÊNCIA de tempo de atividade, equipamentos, capital, operações, engajamento comunitário, energia, estratégia, crescimento e outras métricas”.
Imagem destaque: Freepik