No coração do Texas, uma intensa onda de calor causou desafios inesperados para a indústria de mineração de Bitcoin. Várias empresas, incluindo nomes de destaque como Riot Platforms e Marathon Digital, viram-se obrigadas a pausar suas operações devido às diretrizes do Conselho de Confiabilidade Elétrica do Texas (ERCOT). O conselho, preocupado com a garantia de fornecimento de energia para seus milhões de clientes, determinou que certos consumidores, como os mineradores de Bitcoin, cortassem o consumo.
A situação tornou-se mais evidente quando Lee Bratcher, uma figura proeminente no Texas Blockchain Council, destacou uma diminuição drástica na atividade de mineração durante os períodos de restrições energéticas. Segundo ele, houve uma retração de mais de 90% na mineração diária, com energia sendo reservada apenas para serviços essenciais.
A estabilidade financeira das empresas de mineração também foi impactada. Em agosto, o JPMorgan Chase observou uma queda na valorização de algumas das principais mineradoras nos EUA. A Riot, em particular, enfrentou um revés acentuado, caindo de um valor de ação de US$ 71,33 no início de 2021 para apenas US$ 11,10 agora.
Esta crise energética no Texas traz à tona questões sobre a sustentabilidade da mineração em áreas expostas a condições climáticas extremas. Levanta-se o debate sobre a necessidade de soluções energéticas mais verdes para a indústria de criptomoedas, já que enfrenta críticas pelo impacto ambiental.
As recentes interrupções podem servir como catalisador para que líderes do setor reavaliem suas operações, buscando alternativas mais amigáveis ao meio ambiente e eficientes em termos de energia.