Instituições de arte, como o Museu de Arte Moderna (MoMA), estão explorando novas maneiras de se conectar com o público através da arte digital, alimentada pelo avanço das tecnologias como a Web3, a inteligência artificial (IA) e os tokens não fungíveis (NFTs). Isso foi discutido em uma sessão recente do Art+Tech Summit, realizado na casa de leilões Christie’s em Nova York.
Durante o painel, Madeleine Pierpont, associada da Web3 no MoMA, reiterou o compromisso de longa data do museu com a arte digital. Desde 1960, o MoMA tem se envolvido com a arte digital, um compromisso que foi fortalecido com o advento do blockchain e dos NFTs, levando à criação de uma equipe dedicada à Web3.
No mesmo evento, Lukas Amacher, diretor administrativo do 1OF1, clube de colecionadores especializado em arte digital, abordou a mudança fundamental da arte tradicional para a arte na era digital. Ele viu nos NFTs um facilitador para o colecionismo de objetos digitais, algo que antes não fazia muito sentido.
Amacher também observou que o mundo da Web3 e o mundo da arte são frequentemente isolados e auto-referenciais. O desafio atual é criar pontes entre esses dois mundos, considerando que a arte é um reflexo da condição humana em sua respectiva época – uma época que é claramente digital agora.
O diretor de finanças e operações do Instituto de Arte Contemporânea de Miami, Anthony Troisi, também participou da discussão. Ele falou sobre o potencial da Web3 e como seu caráter descentralizado pode abrir novas possibilidades para as instituições de arte.
Ao mesmo tempo, Troisi admitiu que o espaço das criptomoedas ainda está em sua infância. Portanto, há uma necessidade de colaborar com a comunidade tecnológica para estabelecer práticas recomendadas e compreender plenamente essa nova realidade.
Além disso, a sessão abordou o papel crescente da IA na arte. Amacher previu que a IA poderia deslocar o foco da arte visual, passando da estética para o conceito. Pierpont e Troisi, por outro lado, consideraram a IA como uma ferramenta que pode enriquecer a produção e a curadoria de arte, mas não necessariamente ameaçá-la.
