O mercado de criptomoedas ganhou mais um jogador nesta semana com o lançamento do Humanity Protocol, um projeto que promete revolucionar a verificação de identidade na Web3.
Desenvolvido em parceria com a Polygon Labs e a Animoca Brands, o protocolo utiliza uma tecnologia inusitada: o reconhecimento da palma da mão.
Mas antes de falarmos sobre a tecnologia, vamos entender o contexto.
Em 2023, o projeto WorldCoin tentou implementar a Prova de Humanidade (PoH) escaneando íris oculares, gerando preocupações de investidores e políticos com a privacidade dos usuários do projeto. O Humanity Protocol busca uma solução similar, mas menos invasiva, usando a palma da mão.
O projeto, liderado pelo Human Institute, se apresenta como uma organização líder focada em capacitar pessoas com ciência, tecnologia e capital. Seu site indica que foi criado especificamente para desenvolver o Humanity Protocol, descrito como a primeira rede de blockchains verdadeiramente resistente à Sybil.
Mas o que é essa tal “resistência à Sybil”?
Simplificando, é uma medida de segurança que impede a criação de contas falsas na rede. No caso do Humanity Protocol, isso é feito através da verificação palmar centrada no usuário, como descrito no comunicado oficial.
“Tecnologias existentes de ‘Prova de Humanidade’ podem ser invasivas, complexas ou problemáticas. O Humanity Protocol, com sua tecnologia biométrica de ponta e não invasiva, constrói um ecossistema centrado no usuário que pode levar milhões a uma solução de identidade digital verificável, descentralizada e que respeita a verdadeira propriedade digital, promovendo equidade e inclusão para todos os participantes”, disse Yat Siu, cofundador da Animoca Brands.
A novidade, porém, também traz dúvidas.
Semelhante ao WorldCoin, o Humanity Protocol menciona recompensas futuras para usuários que comprovarem sua “humanidade” através do reconhecimento palmar. Isso levanta preocupações sobre privacidade de dados biométricos, principalmente considerando a falta de informações claras sobre o Human Institute e o uso futuro dos dados coletados.