Sem dúvidas, uma das classes mais revoltadas com a chegada do The Merge é a dos mineradores. Alguns responsáveis pelas transações do Ethereum (ETH) antes da fusão acreditam que a principal altcoin do mercado deveria manter o modelo de consenso proof of work (PoW).
Nesse sentido, decidiram fazer uma bifurcação (fork) da rede para manter o PoW para quem ainda deseja fazer a mineração. Sendo assim, poderemos, em breve, ver o EthereumPoW (ETHW) circulando em algumas exchanges.
De acordo com o tweet do @EthereumPow, a rede principal ETHW será lançada após a chegada do The Merge e a hora exata será divulgada com um cronômetro de contagem regressiva uma hora antes do lançamento.
As primeiras transações no ETHW serão anotadas no bloco de mesclagem + 2049 . Alegadamente, “recompensas de bloco para os blocos vazios seriam direcionadas para a carteira multi-sig 1559 ”.
Mas o que podemos esperar para esse novo token?
Em primeiro lugar, é importante apontar que a rede nova será apenas uma sombra do Ethereum (ETH). Embora tenha a aparência e a funcionalidade da principal altcoin, os projetos que estão sobre ela não virão acompanhados de valor algum.
Só para exemplificar, plataforma importantes, como o oracle descentralizado Chainlink (LINK) e a DEX Uniswap (UNI) já informaram que não vão aderir ao hard fork. Ou seja, você não verá as redes originais entrando no EthereumPoW.
Além disso, o maior ecossistema do Ethereum, as stablecoins, já afirmaram que vão estar ao lado do EthereumPoS.
Assim sendo, mesmo que a versão do fork entre em grandes exchanges, como Poloniex, Bitfinex e Coinbase, ela não terá a mesma usabilidade que se vê no Ethereum.
Não podemos deixar de mencionar que o Ethereum Classic (ETC) ainda está no jogo. Apesar de não ganhar os holofotes como o ETH, a altcoin pode se mostrar mais interessante que um hard fork forçado.
Os antigos mineradores da rede que apoiam a fusão, podem decidir continuar minerando, migrando apenas para o ETC.
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