O bitcoin (BTC) passou por um período de alta interessante, quebrando recordes atrás de recordes. Inclusive, ontem, 14 de março, a criptomoeda número um bateu a ATH de US$73,750.07, de acordo com os dados do CoinMarketCap.
No entanto, esse momento de euforia foi impactado por uma correção de quase 8% nas últimas 24 horas, deixando o BTC abaixo da marca de US$68.000.
Segundo a CoinGlass, esse cenário fez com que mais de US$100 milhões em posições compradas (long positions) de bitcoin fossem liquidadas nas últimas 12 horas, com um valor adicional de US$167 milhões nas 24 horas anteriores.
Essa movimentação de correção do BTC coincide com um cenário de pressão sobre o ouro e outros ativos tradicionais, como o índice Nasdaq, referência para empresas de tecnologia em Wall Street.
Analistas apontam para diferentes fatores que podem explicar a retração da criptomoeda. Por exemplo, Greta Yuan, gerente de pesquisa da exchange VDX, enxerga a correção como um respiro natural do mercado:
“O recente aumento do preço do bitcoin foi muito rápido, dificultando uma precificação precisa. A correção atual é normal”, afirma.
Já Adrian Wang, fundador e CEO da Metalpha, sugere que a incerteza em torno do próximo halving, evento que reduz pela metade a recompensa por mineração de Bitcoin, também contribui para a pressão negativa sobre o preço.
Por fim, Michael van de Pope aponta que as chances de o pico pré-halving terminar estão aí e que esse cenário já era esperado, indicando que este pode ser o momento ideal para olhar para o mercado de altcoins.
Atualmente, o BTC conta com um nível crítico de suporte na marca de US$59.000, correspondendo à média móvel de 100 dias. Este preço é importante para evitar novos espirais descendentes e oferecer um terreno preparatório para uma potencial recuperação.