O New York Times atacou a OpenAI, acusando-a de roubar seu conteúdo para treinar seus modelos de inteligência artificial. Em uma resposta incisiva, a empresa de pesquisa em IA rebateu as acusações, revelando uma narrativa mais complexa por trás da polêmica.
A OpenAI alega que o Times não apresentou o quadro completo. Os exemplos de “plágio” citados pelo jornal, segundo a empresa, seriam provenientes de artigos antigos e facilmente encontrados em sites de terceiros.
Além disso, a OpenAI afirma que o Times teria usado “prompts manipuladas”, ou seja, instruções especialmente formuladas para induzir seu chatbot a “cuspir” trechos dos artigos do jornal:
“Imagine alguém sussurrando no ouvido de uma criança “repita tudo o que eu disser”: a chance de a criança repetir frases aleatórias é altíssima. Com uma IA, o princípio é similar. Ao fornecer prompts que intencionalmente contêm partes de seus próprios artigos, o Times estaria forçando a OpenAI a produzir respostas que pareçam ser cópias descaradas”.
Colaboração, não Roubo
Longe de ser inimiga do jornalismo, a OpenAI se apresenta como parceira do setor. Eles apontam para tecnologias desenvolvidas especificamente para auxiliar repórteres e editores, como ferramentas de resumo automático e fact-checking. A recente parceria com a Axel Springer, editora da Rolling Stone, evidencia ainda mais esse compromisso com o fortalecimento da imprensa.
Quanto ao problema do “regurgitar” trechos de conteúdo, a OpenAI admite que ele existe, mas enfatiza que é raro e que medidas estão sendo tomadas para minimizá-lo. Afinal, treinar uma IA em milhões de textos significa lidar com a imensa complexidade da linguagem humana, onde a fronteira entre inspiração e cópia nunca é totalmente definida.