Em Campos dos Goytacazes, uma ação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) foi deflagrada visando desmantelar uma organização especializada em fraudes com criptomoedas. Nomeada de “Príncipe do Bitcoin”, a operação de quarta-feira (25) tinha como meta prender quatro indivíduos e realizar seis buscas. No entanto, ao final da ação, ninguém foi preso.
Desde 2016, um grupo vinha seduzindo investidores com promessas de altos retornos por meio da A.C Consultoria e Gerenciamento Eireli. Os registros indicam que 43 pessoas foram lesadas. Fabrício Vasconcelos, um pastor da região, era um dos principais envolvidos, ostentando frequentemente luxo para persuadir mais indivíduos a investir. Além dele, outros nomes como Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes estavam associados ao esquema.
Os esforços da 134ª Delegacia de Polícia e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência resultaram na apreensão de vários equipamentos eletrônicos, que agora passam por análises. Os suspeitos, por não terem sido localizados, são considerados foragidos, e as autoridades continuam na tentativa de capturá-los.
Os envolvidos atraíam os investidores com retornos impressionantes, variando entre 15% e 30%. Eles também operavam com “contas cópia”, possibilitando manipulações financeiras. Apesar de muitas promessas, após acordos, a empresa anunciou que os reembolsos seriam realizados em um prazo específico, o que não aconteceu. Além disso, uma nova entidade, Gayky Cursos Ltda, foi identificada como parte das operações ilícitas.
Em resposta às ações do grupo, a justiça congelou cerca de R$ 1,9 milhões das contas dos suspeitos, visando ressarcir as vítimas. Esse montante inclui tanto moedas digitais quanto estrangeiras.