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Operação secreta do FBI desmantela esquema milionário com criptomoedas

Operação secreta do FBI desmantela esquema milionário com criptomoedas

O FBI passou mais de um ano conduzindo uma operação secreta para desmantelar uma das maiores redes de lavagem de dinheiro operando na Dark Web. Tudo começou com a prisão de Anurag Pramod Murarka — conhecido online pelo pseudônimo “ElonMuskWHM” — que foi detido quando entrou nos Estados Unidos para receber atendimento médico. No entanto, a captura do operador não foi o ponto final da investigação.

Em uma estratégia incomum, os agentes federais mantiveram a rede de lavagem de dinheiro em funcionamento mesmo após a prisão de Murarka. O objetivo era atrair e identificar os clientes da operação, o que levou à descoberta de uma cadeia complexa de criminosos, incluindo hackers especializados em criptomoedas, traficantes de drogas e até ladrões armados.

Para aprofundar a investigação, o FBI recorreu a métodos inovadores — e controversos. Um exemplo foi o uso de vídeos pouco visualizados enviados a Murarka por meio do Telegram. Posteriormente, a agência solicitou ao Google informações sobre todos os usuários que assistiram ao conteúdo, em uma tentativa de mapear possíveis cúmplices ou interessados nos serviços ilegais oferecidos.

Com o avanço da operação, o FBI identificou e prendeu diversos clientes da rede, além de estimar que mais de 24 milhões de dólares foram lavados por Murarka em um período inferior a dois anos. Sua condenação resultou em uma pena de mais de dez anos de prisão — exatamente 121 meses.

A rede de lavagem de dinheiro revelada pela investigação reforça uma preocupação crescente no universo das criptomoedas: a facilidade com que fundos ilegais podem ser ocultados por meio de ferramentas descentralizadas. O caso se soma a episódios como o hack da plataforma Bybit, considerado o maior roubo da história do setor, cujos autores conseguiram lavar integralmente os valores desviados.

Autoridades, como o procurador Carlton S. Shier IV, destacaram a gravidade do caso e o alcance internacional do cibercrime. Segundo ele, Murarka prestou suporte a inúmeros criminosos ao redor do mundo que buscavam ocultar lucros obtidos ilegalmente. “Este caso demonstra a dimensão global do crime cibernético e a importância da vigilância e da cooperação internacional no combate à lavagem de dinheiro”, afirmou.

Apesar dos avanços na repressão a esses crimes, os métodos empregados pela agência também geraram debates sobre possíveis abusos e invasões de privacidade. A crítica ganhou força especialmente diante da recente decisão do Departamento de Justiça dos EUA, que anunciou a suspensão de investigações ativas e medidas contra carteiras, exchanges e misturadores de criptomoedas. Segundo o órgão, as ações criminais seguirão em andamento, mas operações de longo prazo, como a que desmantelou a rede de Murarka, podem não ocorrer mais.

No entanto, especialistas como o investigador independente ZachXBT alertam que os esforços de combate não podem recuar diante da crescente sofisticação das táticas de lavagem no universo das finanças descentralizadas (DeFi), que hoje representam um dos maiores desafios para a aplicação da lei.

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