Uma pesquisa realizada pela Sortlist, empresa especializada em marketing, mostrou que 1/5 dos usuários da ferramenta ChatGPT temem perder o emprego por causa da nova tecnologia.
Segundo o estudo, alguns CEOs de empresas já estão avaliando a possibilidade de utilizar a tecnologia para realizar tarefas específicas, visando aumentar a produtividade e reduzir custos.
O assunto do momento no meio profissional
A ferramenta revolucionária, lançada em novembro de 2022 pela empresa OpenAI do bilionário Elon Musk, é uma inteligência artificial (IA) criada a partir do emprego das tecnologias de redes neurais e algoritmos de aprendizado de máquina.
O ChatGPT é capaz de estabelecer um diálogo com o usuário através de uma interface de chat escrito onde, ao digitar alguma ordem ou fazer uma pergunta, a inteligência artificial começa a responder com grande precisão e quase que instantaneamente.
Até aí, chats conversadores não chegam a ser novidade, pois já existiam projetos de chats com personagens virtuais há alguns anos. Porém, pela primeira vez, além de conversar de forma muito natural, fluida e conexa, o ChatGPT consegue realizar tarefas intelectuais complexas.
Atualmente com versões gratuita e paga, o serviço conquistou 100 milhões de usuários em dois meses.
21% dos usuários do ChatGPT temem a ferramenta
O que anteriormente era só um buchicho na internet, agora foi comprovado pelo estudo realizado pela Sortlist: o ChatGPT preocupa cada vez mais o mundo profissional.
A pesquisa, que questionou os usuários do robô em seis países do mundo, aponta que 21% dos utilizadores da ferramenta temem perder seu trabalho para ela.
Segundo o documento, o medo do impacto que a nova tecnologia terá nas vagas de trabalho é principalmente maior entre aqueles que atuam na área de tecnologia, como programadores e desenvolvedores.
Como o ChatGPT consegue escrever textos complexos em qualquer linguagem ou formato, como blog posts, press releases e copys publicitárias, a ferramenta preocupa também os profissionais da área de publicidade, marketing e comunicação.
Similarmente, a pesquisa também aponta que os jovens entre 25 e 35 anos que trabalham nas áreas de tecnologia e finanças são os que mais têm medo do ChatGPT. De acordo com o estudo, eles estão 2,4 vezes mais preocupados com o impacto da nova tecnologia em suas atividades profissionais.
CEOs de olho na economia e produtividade
Os executivos que dirigem empresas também estão de olho no potencial da nova tecnologia com o objetivo de melhorar a eficiência, aumentar a produtividade e obter vantagens competitivas.
No setor de informática, por exemplo, 26% dos empregadores entrevistados confirmaram que pretendem reduzir o número de funcionários por causa da inteligência artificial, ou seja, pretendem empregar a tecnologia em seus processos produtivos.
No setor do marketing, 74% dos patrões admitem que o uso do ChatGPT em tarefas profissionais representa um ganho de 74% na produtividade.
O questionário foi realizado entre 27 de dezembro de 9 de janeiro e entrevistou 500 usuários do ChatGPT no Reino Unido, Bélgica, Alemanha, Espanha, Holanda e França.