O lançamento do token WLFI, da plataforma DeFi World Liberty Financial (WLF), apoiada por Donald Trump, gerou grande expectativa no mercado. A venda pública começou na manhã de terça-feira e rapidamente chamou atenção pelos problemas técnicos enfrentados no site oficial, que ficou fora do ar em alguns momentos após a abertura do evento, entre 8h e 9h (ET).
Até as 19h25 (ET), cerca de 610 milhões de tokens WLFI haviam sido vendidos, com um total restante de 19,4 bilhões de tokens ainda disponíveis. Cada token foi comercializado por US$ 0,015, somando aproximadamente US$ 9,15 milhões arrecadados até aquele momento. Dentro da primeira hora de vendas, foi relatado que o projeto já havia levantado cerca de US$ 5 milhões.
O objetivo inicial da venda de tokens é arrecadar US$ 300 milhões, representando 20% da oferta total de WLFI, o que daria uma avaliação diluída de US$ 1,5 bilhão para a plataforma, de acordo com o plano compartilhado com os investidores. Além disso, o token WLFI será usado como um token de governança, permitindo aos detentores votarem sobre as decisões futuras da plataforma. No entanto, durante o primeiro ano, os tokens não poderão ser transferidos.
O entusiasmo em torno do projeto também foi reforçado pela participação direta de Donald Trump, que ocupa o papel de “chefe defensor de cripto” na plataforma. Seus filhos, Donald Jr., Eric e Barron, foram apresentados como “embaixadores do Web3” da iniciativa. Trump, em uma publicação feita na rede X na noite de terça-feira, destacou o início da venda dos tokens e afirmou: “As criptomoedas são o futuro. Vamos abraçar essa tecnologia incrível e liderar o mundo na economia digital.”
O cofundador Zak Folkman havia anunciado, na manhã de segunda-feira, que mais de 100 mil pessoas já haviam se inscrito na lista de pré-venda desde sua abertura no dia 30 de setembro. Além de Folkman, os cofundadores do projeto incluem Steve e Zach Witkoff, e Chase Herro.
No entanto, as reações ao lançamento do World Liberty Financial têm sido mistas. Críticos da indústria cripto argumentam que o projeto pode prejudicar o setor, enquanto defensores acreditam que ele tem potencial para atrair maior atenção ao mercado.
Por outro lado, o preço do bitcoin subiu cerca de 15% em outubro, com analistas da Bernstein apontando que uma parte desse movimento pode estar relacionada ao aumento nas probabilidades eleitorais de Trump em comparação com a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris.
“Acreditamos que a recente força do bitcoin está sendo impulsionada pelo retorno da correlação entre o preço do ativo e as chances de vitória de Trump”, escreveram os analistas em uma nota aos clientes na terça-feira. Embora ambos os candidatos tenham mostrado apoio aos ativos digitais, o mercado cripto parece reagir de forma mais positiva à melhora das perspectivas de Trump.