O controverso projeto de criptomoeda, Worldcoin, associado ao fundador do ChatGPT, sofreu um golpe no Quênia após um fim de semana de ação policial. Suspeitas de que máquinas estavam sendo utilizadas para armazenar dados dos usuários levaram à execução de um mandado de busca e apreensão em um escritório ligado à empresa. Este evento ocorre depois de o governo queniano suspender as operações da Worldcoin, sinalizando preocupações com suas atividades.
Essas preocupações emergiram após uma avaliação conjunta conduzida pela Autoridade de Comunicações e o Gabinete do Comissário de Proteção de Dados, que trouxeram à tona uma série de dúvidas regulatórias. A estratégia da Worldcoin de escanear a íris dos usuários para verificar sua identidade, e em troca distribuir criptomoedas, chamou a atenção dos reguladores, que questionam a falta de detalhes claros sobre as medidas de segurança cibernética e a proteção dos dados coletados.
A Autoridade do Mercado de Capitais do Quênia ressaltou que a Worldcoin não está regulamentada no país, alertando os cidadãos sobre a empresa. Apesar desses desafios, a Worldcoin continua ativa e viu seu token valorizar 60% após o lançamento, chegando a um preço de US$ 2,60, segundo dados do CoinMarketCap.
A Worldcoin Foundation defende a integridade do projeto, insistindo que possui um programa sólido de privacidade e está colaborando com os reguladores globalmente. Ainda assim, a recente ação do governo queniano em suspender as operações da Worldcoin serve como um lembrete para a empresa e outros na mesma indústria de que a supervisão regulatória das criptomoedas está se intensificando em todo o mundo.