Uma operação da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã desta quinta-feira (3), prendeu em Curitiba o empresário Francisley Valdevino da Silva, apelidado pela mídia como “Sheik dos Bitcoins“.
Além do mandado de prisão preventiva contra ele, a Polícia Federal deflagrou uma operação secundária, mas também ligada ao Sheik, que cumpriu dois mandados de busca e apreensão por “crimes contra o sistema financeiro”.
Até então, Francisley respondia em liberdade às acusações. Porém, o empresário teria descumprido restrições, como a determinação de que ele não poderia continuar a administrar as empresas investigadas.
A proibição, emitida em outubro pela 23ª Vara Federal de Curitiba, determinava ainda que caso o empresário a descumprisse, receberia ordem de prisão.
Nesse sentido, a PF afirma que mesmo com a deflagração da operação, Francisley realizou encontros com funcionários das empresas investigadas.
Em um desses encontros na casa do investigado, estava presente o designer gráfico do grupo.
De acordo com a Polícia Federal, a presença de um designer gráfico nas reuniões pode indicar que a organização criminosa pretendia continuar ativa.
Investigação do Sheik
A saber, Francisley é suspeito de cometer crimes contra o sistema financeiro e comandar um esquema de pirâmide financeira desde 2016.
A investigação contra o suspeito foi iniciada após um pedido de cooperação policial internacional feito pela Interpol que identificou a organização criminosa em Curitiba.
Segundo a PF, as propagandas das empresas de Francisley davam conta da presença de uma grande e experiente equipe que realizavam operações no mercado de criptoativos.
Porém, a investigação demonstrou que nunca existiu essa atividade de operações no mercado, e que o dinheiro arrecadado ia diretamente para Francisley.
A principal empresa, Rental Coins, afirmava tem mais de 20 mil clientes e prometia rendimentos de 8,5% a até 13,5% em cima da quantia investida em um suposto negócio de aluguel de criptomoedas.
De acordo com a Polícia Federal, entre as vítimas que denunciaram o empresário, está Sasha Meneghel, filha da Xuxa, que teria perdido R$ 1,2 milhão na empresa do suspeito.
