Um relatório da exchange de criptomoedas mexicana Bitso revelou dados que sugerem que, em países como Argentina e Colômbia, a adoção de stablecoins supera a do Bitcoin (BTC).
A análise revela alta adesão cripto nesses países latino-americanos, mas devido às dificuldades econômicas, a maioria dos usuários opta por stablecoins como USDT e USDC.
Um usuário da rede social X destacou que essas economias em crise não dão aos entusiastas criptos o luxo de considerar os benefícios a longo prazo de deter BTC como uma reserva de valor, pois suas necessidades imediatas superam qualquer ganho futuro potencial.
Austin Campbell, fundador e sócio-gerente da Zero Knowledge Consulting, compartilhou sua visão, observando o mesmo padrão de adoção durante seu tempo na Paxos. Ele percebeu a preferência por stablecoins baseadas em dólar como o ativo digital para guardar dinheiro.
No entanto, Campbell não considera isso um reflexo de ignorância, mas sim um entendimento de que o Bitcoin, na prática, funciona mais como uma reserva de valor do que uma moeda para transações do dia a dia.
Para explicar melhor sua visão, ele faz uma analogia entre ouro e Bitcoin. Assim como ninguém usa ouro para pagar um sanduíche, as pessoas o armazenam como ativo e, ocasionalmente, vendem uma parte para obter “moeda fiduciária mais líquida, que usamos para comprar sanduíches”.