Na última terça-feira (13), o líder da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, voltou a expressar sua preocupação sobre o setor de criptomoedas durante uma sessão no Senado americano. Por outro lado, ele manteve uma postura reservada e não revelou nenhum detalhe sobre o status dos pedidos de fundos negociados em bolsa (ETF) spot de Bitcoin, que estão sendo avaliados.
Enquanto muitos no universo das criptomoedas aguardam com expectativa a aprovação de um ETF Bitcoin à vista, Gensler não deu indícios claros de sua posição. Em resposta ao senador Bill Hagerty sobre um veredito recente em que a Grayscale foi favorecida contra a SEC, Gensler mencionou que ainda está revisando a decisão e outros registros relacionados ao Bitcoin.
O interesse por este tipo de ETF tem se intensificado. Aprovar tal fundo permitiria a investidores, incluindo grandes entidades financeiras, ter uma conexão mais direta e protegida com o Bitcoin, sem a necessidade de possuir a moeda em si. Isso foi evidenciado pelo movimento da Franklin Templeton, que recentemente submeteu o pedido “ETF Franklin Bitcoin”. Empresas de peso como BlackRock e Fidelity também buscam autorizações semelhantes.
Porém, as preocupações de Gensler com o setor não são novidade. Ele se referiu a ele como o “Velho Oeste”, destacando a presença de “fraudes, abusos e má conduta”. Sob sua liderança, a SEC tomou medidas contra empresas renomadas como Coinbase e Binance.
Além do tópico dos ETFs, existe um esforço da SEC em estabelecer normas para o mercado de moedas digitais em expansão. Recentemente, Gensler mencionou a necessidade de atualizar regras relacionadas à custódia de ativos digitais para melhor proteger os investidores. Ele também reforçou a aplicação das leis tradicionais de valores mobiliários ao mundo digital, usando parâmetros estabelecidos na década de 1930.
Um episódio digno de destaque é o caso envolvendo a Ripple Labs. Apesar da tentativa da SEC de categorizar a venda de XRP da Ripple como uma forma de investimento, um tribunal divergiu, argumentando que essas vendas não se encaixavam nos moldes tradicionais.