Em recente conversa com David Lin, Lawrence White, da Universidade George Mason, compartilhou perspectivas sobre o futuro do Bitcoin. Ao invés de focar na ameaça comum da computação quântica, o professor concentrou-se no mecanismo de mineração do Bitcoin.
A principal fonte de receita para os mineradores, atualmente, é a emissão de novos Bitcoins. Porém, White alertou que, daqui a cerca de cem anos, esse processo atingirá seu limite. Quando esse cenário se concretizar, as taxas de transação serão a única compensação para os mineradores. Ele questiona se, com essa mudança, haverá incentivo suficiente para que os mineradores continuem mantendo a segurança da rede.
Lawrence também abordou a resiliência do Bitcoin contra possíveis ataques. Mesmo que existam debates sobre possíveis conluios entre mineradores, ele acredita que tal ação não seria benéfica para eles.
Sobre a utilidade prática do Bitcoin, White expressou dúvidas quanto à sua adoção como uma forma comum de dinheiro no futuro. Ele acredita que outras moedas digitais, com características que ofereçam maior estabilidade, podem ganhar maior aceitação. Adicionalmente, ele mencionou o papel emergente das stablecoins no cenário financeiro.
No momento dessa discussão, o Bitcoin estava se aproximando do valor de US$ 30.000, sendo cotado a US$ 29.906 e apresentando uma valorização de 11% na semana.