No dia 6 de março, o estado do Texas deu um importante passo em direção ao uso do Bitcoin (BTC) como ativo de reserva, com a aprovação de um projeto de lei pelo Senado estadual. O projeto SB 21 permite que fundos públicos sejam direcionados para ativos digitais, destacando a posição do Texas como um dos estados na vanguarda de uma tendência crescente de investimentos em criptomoedas.
O autor do projeto, o senador Charles Schwertner, justifica a proposta como uma forma de proteção contra a inflação e a instabilidade financeira. Ele argumenta que o Bitcoin demonstrou uma resistência constante ao longo de ciclos econômicos, o que o torna uma opção viável para ser tratado como um ativo de reserva.
O movimento de Texas é parte de uma tendência maior observada em outros estados dos Estados Unidos, que também estão explorando maneiras de incorporar o Bitcoin e outras criptomoedas em seus investimentos.
Em New Hampshire, por exemplo, uma comissão da câmara estadual aprovou o Projeto de Lei 302 em 5 de março, com um voto de 16 a 1. O projeto, agora aguardando votação no legislativo estadual, permitiria o investimento de até 5% dos fundos públicos em Bitcoin e metais preciosos.
Enquanto isso, Utah está enfrentando uma corrida contra o tempo para finalizar sua própria proposta, que já passou pela câmara estadual e aguarda votação no Senado. O prazo final para a sessão legislativa do estado é 7 de março, o que coloca a aprovação do projeto em um ponto crucial.
Caso seja aprovado, o projeto permitiria que Utah destinasse recursos públicos a ativos digitais, incluindo o Bitcoin, que possui uma capitalização de mercado superior a 500 bilhões de dólares. O governador Spencer Cox, defensor de iniciativas relacionadas à blockchain, teria então que decidir se sanciona a medida.
Essas movimentações estaduais coincidem com o novo impulso do ex-presidente Donald Trump, que em 2 de março voltou a defender a criação de uma reserva estratégica federal de criptomoedas. Embora o foco de Trump tenha sido o Bitcoin, ele mencionou a possibilidade de incluir outras criptomoedas na proposta. No entanto, líderes da indústria têm se oposto a essa ideia, argumentando que apenas o Bitcoin possui as características necessárias para ser considerado um ativo de reserva semelhante ao ouro.
Ainda há incertezas sobre como o governo federal administraria um portfólio de criptomoedas, especialmente com a falta de um quadro formal de políticas. O debate sobre o papel das criptomoedas nas finanças públicas está se intensificando, com estados tomando diferentes posturas, alguns avançando rapidamente, enquanto outros enfrentam obstáculos legislativos. O cenário promete se aquecer nas próximas semanas, à medida que mais estados avaliam o potencial do Bitcoin em suas estratégias financeiras.