A atmosfera estava carregada no tribunal onde Sam Bankman-Fried estava frente a frente com figuras familiares de seu passado. Adam Yedidia e Gary Wang, ambos associados próximos a Bankman-Fried em pontos diferentes de suas carreiras, estavam agora testemunhando contra ele.
Lembranças do passado surgiram, especialmente quando foi mencionado que Yedidia, no auge da crise da FTX, havia enviado palavras de conforto a Bankman-Fried. Wang e Bankman-Fried tinham laços ainda mais próximos, tendo passado tempo juntos em uma residência luxuosa nas Bahamas.
Mas hoje essas relações são menos calorosas. Sob acordos de proteção legal, Yedidia e Wang detalharam atividades questionáveis dentro da FTX, que poderiam ter sido usadas para manter a empresa operando, mesmo à custa da ética ou da legalidade.
A paciência do juiz Lewis A. Kaplan foi testada durante o processo, especialmente com a equipe de defesa de Bankman-Fried. Ele expressou sua insatisfação com as abordagens e questionamentos que considerou repetitivos.
Uma parte do julgamento focou na interação entre FTX e Alameda Research. Yedidia revelou um sistema automatizado que ele havia projetado para a Alameda Research, mas um erro técnico neste sistema causou uma grande disparidade financeira.
Por outro lado, Matt Huang, da Paradigm, discutiu sua decisão de investir na FTX. Suas preocupações eram evidentes, especialmente sobre as práticas de governança da FTX. Surpreendentemente, ele declarou o valor de seu investimento como “zero”.
Wang lançou mais luz sobre as operações internas da FTX e Alameda Research. Revelou privilégios financeiros e acessos especiais concedidos à Alameda Research. Seu testemunho foi tão direto e rápido que até foi solicitado a desacelerar para garantir uma transcrição precisa.
Tudo isso ocorreu sob o olhar atento de Bankman-Fried, que, de forma atípica, permaneceu calmo e focado. A saga legal continua, com mais revelações esperadas nas próximas sessões do tribunal.