A valorização do Bitcoin (BTC) já ultrapassa a marca de seis dígitos, impulsionada por uma forte entrada de capital institucional. Em meio a esse cenário de alta, surge uma questão intrigante: seria possível que Satoshi Nakamoto, o misterioso criador do Bitcoin, alcançasse o posto de pessoa mais rica do mundo ainda este ano?
Atualmente, estima-se que cerca de 1,1 milhão de BTC estejam vinculados a Satoshi. Considerando os preços atuais, esse montante representa mais de 130 bilhões de dólares em patrimônio. Para que essa fortuna ultrapasse a riqueza de Elon Musk — cujo valor estimado varia entre 350 e 400 bilhões de dólares, impulsionado principalmente por suas participações em Tesla, SpaceX e X (antigo Twitter) — o Bitcoin precisaria atingir uma cotação entre 320 mil e 370 mil dólares por unidade. Isso exigiria uma valorização de aproximadamente 2,7 a 3,1 vezes em relação aos níveis atuais.
Esse salto não depende apenas de um movimento especulativo. Trata-se de um possível reflexo da crescente aceitação do Bitcoin como reserva de valor global, de mudanças nos ventos macroeconômicos e do aumento da presença de grandes investidores institucionais (também chamados de TradFi) no mercado cripto. A evolução desse contexto poderia redefinir a maneira como a riqueza é avaliada no mundo financeiro contemporâneo.
Especialistas ouvidos pelo BeInCrypto apontam que, embora a ascensão de Satoshi ao topo do ranking dos bilionários ainda em 2025 seja improvável, não está fora de cogitação. Vikrant Sharma, CEO da Cake Labs (responsável pelo Cake Wallet), acredita que, se não for neste ano, 2026 pode tornar essa possibilidade muito mais concreta.
Porém, para que esse cenário se materialize, seria necessário observar uma combinação poderosa de fatores: maior volume de investimentos institucionais, avanço em regulamentações favoráveis e um ambiente macroeconômico alinhado com o fortalecimento dos ativos digitais.
Desde que os ETFs de Bitcoin foram aprovados, o movimento institucional no setor tem sido notável. Um dos maiores exemplos é o IBIT, fundo da BlackRock, que já soma aproximadamente 727.359 BTC em custódia. Esse desempenho tem superado as projeções mais otimistas. Estima-se que, ainda este mês, o IBIT possa ultrapassar a marca de 100 bilhões de dólares em ativos sob gestão — um marco que reforça a tese de que, com o ritmo atual, o mercado pode alcançar níveis até pouco tempo considerados inatingíveis.
Nesse contexto, a hipótese de que Satoshi Nakamoto se torne a pessoa mais rica do planeta antes do fim de 2025 permanece como uma especulação ousada — mas, para muitos, não mais impossível.