O recente declínio do valor do Bitcoin (BTC) gerou especulações no mercado sobre o que está por vir: será que a criptomoeda enfrentará mais quedas nos próximos dias, ou poderá ter uma recuperação substancial? De acordo com a empresa de análise de mercado Santiment, diversos indicadores on-chain oferecem pistas importantes sobre os próximos movimentos da criptomoeda.
Embora a Santiment aponte que o mercado ainda enfrentará períodos turbulentos devido a questões econômicas e globais, há sinais positivos surgindo, como a re-acumulação de BTC por grandes investidores (whales) e o crescente nível de medo, incerteza e dúvida (FUD), que são indicadores de que uma recuperação pode estar a caminho.
Desde que o Bitcoin atingiu seu recorde histórico de $109.000, um dia antes da posse do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro, a criptomoeda tem enfrentado um período de sete semanas de desvalorização.
A Santiment observa que o medo de perder uma oportunidade (FOMO) não impulsionou a moeda para cima como em outras ocasiões, principalmente devido à grande acumulação por whales e “sharks” (investidores de grande porte). A acumulação seguiu até a posse de Trump, mas logo depois, em meados de fevereiro, esse movimento começou a desacelerar.
Com a retirada dos investidores de grandes volumes de BTC, os preços começaram a sofrer correções mais profundas. Mesmo com a retomada da acumulação por algumas carteiras de alto capital em 3 de março, o preço da criptomoeda continuou sua trajetória de queda.
Outro dado relevante apontado pela Santiment é o volume de BTC sendo transferido para exchanges. Entre 20 de fevereiro e 8 de março, 22.702 BTC (aproximadamente 0,11% do total de bitcoins em circulação) foram movimentados de carteiras pessoais para endereços de exchanges, o que levanta preocupações, pois esses movimentos geralmente indicam que os investidores estão se preparando para vender.
Apesar desses sinais de venda no curto prazo, a Santiment considera que tanto a acumulação por grandes investidores quanto o aumento de fornecimento nas exchanges são indicadores de longo prazo. Por isso, ela sugere que os traders de curto prazo devem se concentrar mais no comportamento de FOMO e FUD do público varejista, especialmente no que é discutido nas redes sociais.