A República Federal da Somália juntou-se a uma lista crescente de nações que impõem restrições sobre plataformas de comunicação online. A mais recente vítima dessa medida regulatória é o popular aplicativo de mensagens Telegram e a sensação das redes sociais, TikTok, além do site de apostas 1XBet.
No cerne desta decisão, tomada pelo Ministério das Comunicações e Tecnologia da Somália (MOCT) e anunciada em 20 de agosto, está a preocupação com a influência dessas plataformas na juventude do país. Após uma reunião entre o ministro do MOCT, Jama Hassan Khalif, e líderes da Agência Nacional de Comunicações e de grandes empresas de telecomunicações da Somália, Khalif expressou que esses meios estavam desviando os jovens do patrimônio cultural do país.
A motivação por trás dessa ação não foi apenas cultural. A decisão também tem raízes em preocupações de segurança. Khalif citou que esses aplicativos são plataformas que “terroristas e grupos imorais” frequentemente utilizam para disseminar conteúdo prejudicial. Ele exigiu uma suspensão imediata desses serviços até o dia 24 de agosto, advertindo consequências legais para os não-conformes.
Por outro lado, surgem questões sobre como essa proibição afetará o cenário de criptomoedas na Somália, visto que o Telegram é conhecido por sua compatibilidade com essa tecnologia. A Somália, como outros países africanos, não proíbe a negociação de criptomoedas. No entanto, o estigma associado ao financiamento do terrorismo através da criptomoeda continua a ser uma preocupação global.
Essa não é a primeira vez que o Telegram enfrenta proibições. Países como o Iraque e o Brasil já tiveram seus próprios problemas com o aplicativo, principalmente por questões de segurança e atividades ilícitas.