A Tesla decidiu aceitar novamente o Bitcoin como método de pagamento para seus veículos elétricos, após um importante avanço na indústria de mineração de criptomoedas. A mudança ocorre após a mineração de Bitcoin fazer progressos significativos no aumento do uso de fontes de energia renováveis.
Elon Musk, CEO da Tesla, havia estabelecido uma condição para retomar os pagamentos em Bitcoin: o consumo de energia na mineração de Bitcoin precisava superar 50% proveniente de fontes renováveis. Dados recentes confirmam que mais de 56% da energia usada na mineração de Bitcoin vem de fontes renováveis, atendendo a essa exigência. Esse marco traz novas perspectivas de que a Tesla logo reintegrará o Bitcoin como uma opção para seus clientes.
Nos últimos anos, a mineração de Bitcoin tem feito avanços consideráveis na transição para energias mais limpas. Hoje, regiões como Quebec, Islândia e Texas se destacam como locais onde operações de mineração aproveitam recursos abundantes de energia renovável, como hidrelétrica, energia eólica e geotérmica. A hidrelétrica, por exemplo, já representa 23% do consumo de energia na mineração de Bitcoin, seguida pela energia eólica, com 5%, e a energia solar, com aproximadamente 2%.
Apesar desse progresso, ainda existem desafios. A mineração de Bitcoin continua a consumir uma quantidade significativa de energia — cerca de 127 terawatts-hora anualmente — e ainda contribui para as emissões de carbono, com aproximadamente 69 milhões de toneladas métricas de CO₂ sendo liberadas todos os anos. Embora o aumento do uso de energia renovável seja um passo positivo, o impacto ambiental da mineração de Bitcoin ainda é uma preocupação.
Embora a participação do carvão na matriz energética da mineração de Bitcoin tenha diminuído de 40% para 22% nos últimos anos, a dependência do carvão ainda é um problema significativo. Além das fontes renováveis, a energia nuclear, embora não considerada renovável, representa cerca de 9% do consumo de energia da mineração de Bitcoin. A energia geotérmica, especialmente em países como El Salvador, também desempenha um papel importante na redução da pegada de carbono do Bitcoin.
Esses desenvolvimentos destacam uma transição complexa em direção a uma energia mais limpa na mineração de Bitcoin, um processo que a Tesla acompanha de perto. Se essa mudança continuar, pode abrir portas para uma colaboração mais estreita entre a fabricante de veículos elétricos e o mundo das criptomoedas.