A Chainalysis, empresa de análise de blockchain, divulgou que no ano de 2022, até o momento, o equivalente a US$ 3 bilhões foram roubados em 125 hacks diferentes.
Apesar do valor gigantesco eliminado este ano, 2022 ainda tem um caminho para superar a marca do ano anterior, quando se registrou uma “alta histórica” na atividade, com US$ 3,2 bilhões roubados.
Segundo a Chainalysis, só no hack da última terça-feira, quando 11 protocolos DeFi diferentes foram atingidos, US$ 718 milhões foram roubados. Como resultado, outubro se tornou o mês de 2022 com maiores perdas devido a ataques hacker.
Entre os hacks mais recentes, um que se destaca resultou no roubo de US$ 100 milhões subtraídos da Mango Markets, uma plataforma DeFi de negociação da Solana.
Além disso, houve também um exploit de US$ 1 milhão roubado da ponte que conecta a QANplatform à rede Ethereum. Em um outro ataque, US$ 2,3 milhões em tokens foram roubados do TempleDAO.
Na última terça-feira (11), uma exploração também foi identificada no Rabby Wallet, um serviço de carteira Ethereum. A equipe do projeto informou, em uma postagem na rede social Twitter, que estava em negociação com o hacker.
2022, o ano dos hacks DeFi
Desde o início do ano se notava que 2022 prometia em termos de explorações hackers no setor de criptomoedas. Logo nos primeiros meses, US$ 1,7 bilhão foram roubados em uma série de ataques, a maior parte vindo do segmento DeFi.
A onda de plataformas DeFi roubadas no primeiro semestre de 2022 só foi ofuscada mesmo pelo episódio “Colapso do TerraUSD”, quando foi registrado uma queda nesse tipo de atividade.
Em agosto, a Chainalysis revelou que a atividade ilícita de ataque hacker contra plataformas DeFi havia caído 15% em volume, após o colapso da stablecoin da Terra Labs.
“As pontes de cadeia cruzada continuam sendo um dos principais alvos dos hackers”, escreveu Chainalysis no Twitter.
“Foram três pontes violadas este mês e quase US$ 600 milhões roubados, representando 82% das perdas este mês e 64% das perdas durante todo o ano”, concluiu.