A empresa de carteiras físicas de criptomoedas, Trezor, assumiu o controle sobre a produção de chips de silício para seu principal produto, o Modelo T, facilitando a fabricação de seu componente principal, o chip do dispositivo.
De acordo com um comunicado divulgado nesta segunda-feira (27), a empresa pretende otimizar a produção de seu dispositivo Modelo T, eliminando sua dependência de terceiros em toda a complexa cadeia de suprimentos de sua fabricação.
A Trezor foi pioneira com a criação da primeira carteira física para criptomoedas do mundo, a Model One.
A escassez global de chips ligada à interrupção geopolítica e à escassez de mão-de-obra gerada pela COVID-19 expôs a Trezor e outros fabricantes de eletrônicos à disponibilidade de componentes não confiáveis.
A demanda por seus dispositivos também flutuou de acordo com as condições de mercado e o interesse do consumidor na autocustódia de ativos cripto, após as implosões de plataformas centralizadas, incluindo FTX, Celsius e BlockFi.
No período em que essas empresas quebraram, a Trezor registrou um aumento de 300% nas vendas de carteiras.
Ao assumir o controle do processo de produção de chips, a Trezor disse que melhorou a segurança do dispositivo e reduziu o tempo de entrega de dois anos para meses.
Por sua vez, isso ajudou a eliminar atrasos no envio e protegeu os clientes das oscilações de preço relacionadas à oferta e demanda de componentes.
“As reviravoltas na demanda por carteiras físicas e a interrupção da cadeia de suprimentos de silício que vimos nos últimos anos foram um problema que precisávamos resolver”, disse o CFO da Trezor, Stepan Uherik, no comunicado.
“Ao descompactar o processo, identificando áreas onde poderíamos assumir o controle e colaborando com nossos parceiros de novas maneiras, conseguimos tornar a fabricação o mais ágil possível.”
“Isso significa que podemos responder rapidamente à medida que o mercado de criptomoedas mostra sinais de recuperação. Ele também adiciona mais liberdade de design para produtos futuros, ajudando-nos a sustentar nossa liderança no mercado cada vez mais competitivo de carteiras físicas”, acrescentou Uherik.
No ano passado, a Tropic Square, uma startup também apoiada pela Satoshi Labs, a empresa por trás da Trezor, lançou um chip seguro de código aberto que fornece geração de chave criptográfica, assinatura e autenticação de usuário chamado TROPIC01.
No início deste mês, o novo CEO da Trezor, Matej Zak, delineou planos para atualizar sua linha de carteiras, incluindo um pacote de software para dispositivos móveis e um novo dispositivo principal.