Durante uma declaração feita na Casa Branca nesta sexta-feira, o ex-presidente Donald Trump criticou duramente a prática de exclusão bancária, afirmando que se trata de uma atitude “muito ruim e muito perigosa”, especialmente quando aplicada a empresas do setor cripto e a figuras conservadoras. Segundo Trump, esse tipo de ação não nasce dentro das instituições financeiras, mas sim sob pressão de órgãos reguladores federais.
O ex-presidente argumentou que esses reguladores são, na verdade, os responsáveis por influenciar decisões dos bancos, usando sua autoridade para intimidar e impor restrições a determinados grupos. “Os reguladores controlam os bancos”, declarou Trump. “Não é o presidente do banco que tem o poder de verdade. O regulador pode fechar aquele banco se quiser.”
A crítica foi feita após Trump ser questionado sobre a crescente preocupação com o chamado debanking — a recusa de acesso a serviços bancários com base em afinidades políticas ou ligações com indústrias como a de criptoativos. Para ele, o fenômeno se intensificou nos anos de administração Biden, período em que, segundo o republicano, empresas ligadas ao setor de criptomoedas e personalidades conservadoras passaram a enfrentar restrições injustificadas.
Trump relatou experiências pessoais com esse tipo de discriminação financeira, afirmando ter sido alvo de maus-tratos por parte de grandes instituições bancárias em razão de suas posições políticas. “Os grandes bancos foram muito hostis conosco”, disse. “Acredito que foram instruídos a agir assim, porque os reguladores são o único grupo que realmente mete medo neles.”
Diante desse cenário, há rumores de que a Casa Branca esteja avaliando um possível decreto executivo que impeça reguladores de direcionarem suas ações contra grupos específicos — uma resposta direta às denúncias de politização no sistema bancário.
Com a crítica direcionada mais aos órgãos fiscalizadores do que às instituições financeiras em si, Trump posiciona-se como defensor de uma revisão nas práticas de supervisão regulatória e promete combater o que considera perseguição institucionalizada a determinados setores e vozes políticas.