A segurança cibernética no universo cripto está passando por um período conturbado. Ao longo dos anos, desde 2012, o setor tem experimentado uma série de incidentes de segurança que somam perdas de cerca de 30 bilhões de dólares. A gravidade dessas cifras, que correspondem a 2,5% do valor total de mercado das criptomoedas, não pode ser subestimada.
Esses incidentes, que totalizam 1.101 desde 2012, tomaram várias formas. Os cinco mais comuns incluem vulnerabilidades em contratos inteligentes, rugpull, ataques de empréstimos flash, golpes diversos e vazamentos de chaves privadas. Essas brechas de segurança têm afetado diversos ecossistemas, com 217 incidentes registrados no Ethereum, 162 no BNB Smart Chain, 119 no EOS e 85 associados a tokens não fungíveis (NFTs).
É preocupante que as maiores perdas tenham ocorrido em exchanges de criptomoedas, com um total de 118 ataques que resultaram em prejuízos superiores a 10 bilhões de dólares nos últimos dez anos. Além disso, os ataques à Mt. Gox em 2014 e à Bitfinex em 2016 ilustram a dimensão do problema. O hack da Mt. Gox causou a perda de 850.000 BTC, enquanto a Bitfinex perdeu 119.576 BTC.
Porém, o setor tem registrado avanços na recuperação de fundos perdidos. Por exemplo, a Mt. Gox conseguiu reaver 200.000 BTC após o ataque, e o Departamento de Justiça dos EUA recuperou 94.000 BTC que foram roubados da Bitfinex em 2016. Além disso, houve uma diminuição na frequência de incidentes de segurança desde 2022.
Embora essas notícias ofereçam uma luz no fim do túnel, a SlowMist, que conduziu a pesquisa, reitera que medidas robustas de segurança são fundamentais. Os riscos associados à falta de segurança cibernética são altos demais para serem ignorados. Enquanto o setor evolui, é imprescindível priorizar a segurança para proteger os investimentos dos usuários.