O ecossistema Tron vem experimentando um aumento em suas transações envolvendo o USDT desde fevereiro. De acordo com dados da IntotheBlock, o volume diário médio ultrapassou os dois milhões, aproximando-se dos picos observados em janeiro de 2023.
O USDT, seguindo o padrão TRC-20, permite transferências utilizando diversas carteiras não custodiadas, como TronLink, Trust Wallet e MetaMask.
A popularidade da Tron para transferências de stablecoins se deve à sua escalabilidade superior em relação ao Ethereum. Isso se traduz em taxas de rede bem mais baixas que as da principal altcoin do mercado.
A capacidade de processar um volume maior de transações permite à rede do TRX suportar projetos exigentes sem os mesmos gargalos de gas enfrentados no Ethereum. Por isso, vem se tornando uma plataforma cada vez mais atrativa para este tipo de operação.
Além disso, o USDT vem crescendo junto com a recuperação da indústria cripto. Para exemplificar, a stablecoin ultrapassou a marca simbólica de US$100 bilhões em capitalização de mercado no início deste mês.
Em termos de expansão, a Tether anunciou o lançamento do USDT na blockchain Celo, que se torna a 15ª rede a suportar o principal stablecoin do mercado.
Mas nem tudo são flores para o USDT e a Tron.
Por exemplo, relatórios recentes, como um estudo da ONU no início do ano, sugerem um aumento da lavagem de dinheiro e atividades fraudulentas no Sudeste Asiático utilizando o USDT para pagamentos e transferências, principalmente através do protocolo TRC-20.
Tanto Justin Sun, fundador da Tron, quanto a TronDAO refutaram essas alegações. A organização afirma colaborar ativamente com empresas de análise forense on-chain para compartilhar dados de transações e dissipar tais suspeitas.