A destilaria The Glenlivet está apostando em NFTs e inteligência artificial (IA) para vender garrafas de um whisky de 50 anos avaliado em cerca de US$43.000 cada.
Anunciado em 13 de fevereiro, o lançamento coloca à venda 12 garrafas de uma coleção maturada desde 1974 na destilaria de Speyside. Para tornar cada exemplar único, a distribuidora de bebidas utilizou IA na geração de rótulos exclusivos. Além disso, um marketplace baseado em blockchain garante a rastreabilidade e procedência dessas bebidas raras.
As vendas acontecerão através do The Whisky Exchange Cabinet, plataforma que utiliza NFTs e blockchain para criar certificados digitais de autenticidade e propriedade para cada garrafa de whisky.
Em entrevista à The Drinks Business, o CEO da The Whisky Exchange, Nicolas Oudinot, destaca que vários projetos NFT têm surgido neste mercado. Porém, a sua empresa está “fazendo o oposto”, focando na venda de garrafas raras com a tecnologia como suporte.
Para Kevin Balmforth, especialista em barris da The Glenlivet, a coleção representa um “olhar para o futuro” na comemoração dos 200 anos da empresa. As vendas iniciam em 21 de fevereiro.
Álcool e Blockchain
Embora a mistura de blockchain e bebidas alcoólicas possa parecer inusitada, não é uma novidade. Afinal, desde 2019, projetos vêm experimentando essa integração. A cervejaria BrewDog, por exemplo, permitiu compra de ações com criptomoedas em uma iniciativa de crowdfunding.
Já em 2022, a MetaBrewSociety criou uma cervejaria física na Alemanha gerida por NFTs e uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO). Os “certificados de participação em cerveja” concediam diferentes níveis de direitos de voto aos detentores.
Por fim, em 2023, a Nokia desenvolveu casos de uso para o metaverso conectando cervejarias remotamente. Pesquisadores de laboratórios de tecnologia cervejeira na Austrália e Alemanha utilizaram realidade aumentada (RA) para colaboração virtual.