A interrupção das operações da Worldcoin no Quênia foi anunciada pelo Ministério do Interior do país. A empresa, co-fundada por Sam Altman, tinha foco em verificar identidades através da coleta de dados da íris, e havia conquistado um forte apoio no Quênia, principalmente em sua capital, Nairóbi, onde registrou mais de 250 mil inscrições até dezembro de 2022.
A declaração do governo foi assinada pelo Ministro Kithure Kindiki e compartilhada no Facebook, expressando preocupações sobre as atividades da Worldcoin relacionadas ao registro de cidadãos. Consequentemente, o governo suspendeu de imediato todas as atividades da empresa no país, bem como de qualquer entidade que operasse de forma semelhante, até que a segurança do público fosse assegurada.
A suspensão ocorre no momento em que a Worldcoin estava aumentando a produção de seus dispositivos de varredura de retina, conhecidos como “orbes”, como parte de seus esforços para expandir a digitalização de pessoas em todo o mundo. A tecnologia foi vista como um inovador meio de verificação de identidade online, e os inscritos no projeto tinham a opção de reivindicar parte do token WLD, uma moeda digital lançada recentemente.
Com sede em San Francisco e desenvolvida principalmente pela startup Tools for Humanity, a Worldcoin já tinha mais de 2 milhões de usuários globalmente, com foco principal no Sul Global. O Quênia representava um mercado vital para a empresa, e a suspensão é vista como um revés significativo.
O impacto desta suspensão no crescimento futuro da Worldcoin e seus planos de expansão é ainda desconhecido, mas a decisão destaca a contínua necessidade de conformidade e consideração das preocupações dos governos locais na indústria emergente que lida com a verificação de identidade e moedas digitais.