A expansão da Worldcoin para o México coloca este país como um importante foco para a empresa na América Latina, acompanhando de perto Argentina e Chile em termos de engajamento do usuário. A iniciativa, co-fundada por Sam Altman da OpenAI, enfrenta no entanto, desafios regulatórios significativos, particularmente no que diz respeito à proteção de dados.
Na Argentina, a Worldcoin enfrenta um aumento do escrutínio regulatório com a introdução de nova legislação pelo deputado provincial Carlos Puglelli em Buenos Aires. Esta legislação propõe regulamentar a coleta de dados biométricos, similar ao método utilizado pela Worldcoin, e exige transparência e justiça, além de proteção ao consumidor em transações digitais.
A legislação requer consentimento explícito dos usuários para processamento de dados e implementação de medidas de segurança robustas, como encriptação e controle de acesso. As empresas que não cumprirem podem enfrentar multas pesadas e perda de licenças comerciais.
No México, a preocupação com a privacidade dos dados também emergiu como um ponto crítico. María Eugenia Hernández, do partido Morena, chamou a atenção para a necessidade de uma investigação detalhada pelo Instituto Nacional de Transparência (INAI) sobre o manejo dos dados pessoais pela Worldcoin.
Recentemente, o governo de Buenos Aires impôs uma multa de US$ 1,2 milhão à Worldcoin por incluir cláusulas abusivas em seus contratos, enfatizando a necessidade de regulamentações mais rigorosas.
Essas reações regulatórias na América Latina revelam preocupações globais sobre privacidade, similares às observadas em outras regiões como o Quênia e a Espanha, onde as atividades da Worldcoin foram temporariamente suspensas.
Este contexto global sugere que os debates sobre tecnologia e legislação de privacidade poderão definir padrões internacionais para o tratamento de informações sensíveis na era digital.