O novo projeto Worldcoin, encabeçado por Sam Altman, está causando polêmica na comunidade cripto. O projeto, que depende de identificação do usuário por meio de escaneamento ocular para criar “IDs mundiais” digitais, tem sido criticado por detratores que veem nele uma violação da anonimidade e do livre acesso, princípios basilares das criptomoedas. Entre os críticos estão Vitalik Buterin, fundador da Ethereum, e reguladores do Reino Unido.
O principal argumento de Altman em defesa do projeto é a velocidade de adoção da Worldcoin. Ele afirma que um novo usuário é registrado a cada oito segundos. No entanto, essa afirmação é baseada em um vídeo de celular, sem provas adicionais.
O Etherscan, por outro lado, sugere que a adesão está longe do nível anunciado por Altman. Segundo os dados, apenas pouco mais de 3.650 pessoas possuem o token WLD, com 13.766 transações registradas. Além disso, o valor do WLD caiu de um pico de US$ 2,60 para US$ 2,09, embora ainda figure entre as 150 principais criptomoedas por capitalização de mercado.
Os usuários do Worldcoin podem se registrar em vários escritórios ao redor do mundo, incluindo São Paulo. Contudo, as longas filas retratadas no vídeo de Altman parecem não ser a norma em todos os locais, como é o caso de um escritório em Dubai.
Por fim, o Worldcoin também oferece um incentivo financeiro para os usuários. A inscrição no programa de identificação e criptomoedas da Worldcoin, lançado em 24 de julho, recompensa os usuários com 25 WLD, que valem atualmente cerca de R$ 270,00.